Com produção do próprio Baleiro e de Alexandre Fontanetti, o décimo quarto álbum do artista tem a participação especial de Almério e Tetê Espíndola e chega nas plataformas digitais nesta sexta-feira, 29 de novembro, pela Saravá Discos com distribuição digital da ONErpm. A capa é uma obra do grande artista plástico Fabrini Crisci, que tem uma proposta estética bem particular, em que flerta com o surrealismo e a pop art, e estará também em edição especial em vinil, que se prepara para breve.
Tudo começou quando Baleiro convidou Cordeiro para gravar em dueto “Mambo Só”, canção que dá nome ao seu álbum autoral de 2023. “Fazia tempo que Edson não gravava um feat com um artista brasileiro, e isso o fez mergulhar no meu trabalho”, relembra Baleiro. “Eu sempre me encantei com as canções de Zeca, tanto pela grandeza poética como pelas possibilidades teatrais do repertório. Depois de seu convite para o dueto, que gravamos à distância, comigo na Alemanha e ele no Brasil, nasceu a ideia de fazer um trabalho exclusivamente com suas canções”, revela Cordeiro.
“Ouve a minha voz / E vem então cantar comigo…” conclama Cordeiro nos primeiros versos de “O Canto em Nós”, parceria de Baleiro com Zé Renato que abre o disco em bela interpretação, ancorada por arranjo para Octeto de cordas de Pedro Cunha, que toca piano e synths. Os loops são de Alexandre Fontanetti.
O álbum segue com “Eu te Admirava Mais”, pescada do disco de parcerias de Zeca com Vinícius Cantuária, em brejeiro registro de Cordeiro, que é acompanhado pelos violões 7 cordas de João Camarero e Swami Jr, por Douglas Alonso na percussão e coro de Karina Salles, Raquel Tobias, Roberta Oliveira e Tami Uchoa.
“Heavy Metal do Senhor”, hit que não pode faltar nos shows de Baleiro desde o lançamento de seu primeiro disco, abre espaço para Cordeiro mostrar as várias facetas de seu canto. Acompanhado dos violões de Alexandre Fontanetti, de Lee Marcucci no baixo e Jota Erre na bateria, ele promove o seu próprio “Heavy Metal do Senhor", com a citação de “Messiah”, de Händel.
Feita especialmente para o intérprete por Baleiro em parceria com sua irmã e poeta Lúcia Santos, “Sangro” foi gravada em potente dueto com Tetê Espíndola. Chama a atenção o afinado jogo de vozes destes dois grandes intérpretes da música brasileira, que brilham escoltados pelos toques precisos de Adriano Magoo (piano), Swami Jr (violões) e Silvio Mazzuca (baixo acústico).
A voz expressiva de Cordeiro amplifica os sentidos de “Sete Vidas”, raridade do repertório de Baleiro, que toca guitarra na gravação, que tem ainda Adriano Magoo ao piano e rhodes. Composta em inglês há cerca de 30 anos, “Lullaby” foi resgatada do baú de Zeca para registro bluesy de Cordeiro, que é acompanhado ao piano por Adriano Magoo e por Tuco Marcondes (dobro).
Consagrada na voz de Baleiro, que compôs a canção em parceria com a poeta Alice Ruiz, “Quase Nada” tem a participação de Almério. O dueto, lançado como single que antecipou o álbum, ressalta as belas vozes dos cantores de duas gerações distintas, que se destacaram e foram revelados pela força de suas interpretações. O registro tem os toques de Alexandre Fontanetti (guitarra), Marcelo Jeneci (teclados e acordeon), Serginho Carvalho (baixo) e Jota Erre (bateria).
“Camisa de Listra” é um samba de breque recuperado dos guardados de Zeca e atualizado pros nossos tempos para abrir espaço para interpretação espirituosa e teatral de Cordeiro, que é acompanhado pelos violões 7 cordas de João Camarero e Swami Jr. Em clima de cabaré, o álbum segue com “Der Vogel Saudade”, canção feita sob encomenda para Cordeiro, com letra de seu marido, o escritor alemão Oliver Bieber, e música de Baleiro, inspirada nas Óperas e Musicais de Kurt Weill. A faceta camerística de Cordeiro se destaca, na companhia do pianista Paulo Braga.
O álbum encerra com “Tango do Cordeiro”, single que anunciou o lançamento e tem produção de Baleiro e Pedro Cunha, que toca piano, teclados e baixo synth na gravação, que ainda tem Kuki Stolarski na bateria e loop. Inspirada em texto de Rita Lee sobre Cordeiro e composta especialmente para ele por Baleiro, “Tango do Cordeiro” tem uma aura biográfica. “Zeca captou a essência da minha história. Foi como assistir a uma biografia, ver um retrato de todos os anos que percorri até aqui”, comenta Cordeiro, que na gravação mostra todo o seu poder de intérprete e virtuosismo, dando um salto de duas oitavas no final da música. O notável registro levou Edson a ser indicado ao PMB - Prêmio da Música Brasileira de 2024, na categoria ”melhor intérprete de canção popular”.
Depois de um hiato de seis anos do lançamento de seu último álbum (“Bem na Foto”/2018) e de 17 anos morando na Alemanha, Edson Cordeiro volta ao Brasil para gravar um disco e brindar seu público com “Ouve a Minha Voz [Cordeiro canta Baleiro]”, que em breve também poderá ser assistido no show com que pretende viajar pelo país e matar a saudade de seus fãs.
+ sobre Edson Cordeiro
Radicado desde 2007 na Alemanha, onde é considerado pela imprensa a oitava maravilha vocal do mundo, Cordeiro se alterna em turnês internacionais e pelo Brasil. Entre muitas premiações ao longo dos anos, Cordeiro ganhou dois discos de ouro, tem quatro Prêmios da Música Brasileira, recebeu o APCA de melhor cantor do ano por seu primeiro disco “Edson Cordeiro” (1992) e uma indicação ao Grammy Latino na categoria de música clássica, pelo álbum “Contratenor” (2005).
Os fãs que acompanham o artista nas plataformas digitais são sempre contemplados com novidades e singles como “I Have a Dream”, sucesso mundial do grupo sueco ABBA, que ganhou uma versão de voz e harpa gravada por Edson Cordeiro e Nora-Elisa Kahl, na cidade de Lübeck, na Alemanha.
Em 2024, além da gravação de “Ouve a Minha Voz [Cordeiro canta Baleiro]”, apresentações com orquestra e shows com repertório que mescla desde músicas clássicas e jazz até mpb e pop, Edson Cordeiro comemora os 25 anos do projeto “Disco Clubbing”. Com mais de cem mil cópias vendidas de “Disco Clubbing”, Cordeiro conquistou todo o país com sua voz, irreverência e glamour.
‘Ouve a Minha Voz [Cordeiro canta Baleiro]’, o novo álbum de Edson Cordeiro: https://onerpm.link/OuveaMinhaVoz
[ficha técnica]
1. O Canto em Nós
[ Zé Renato / Zeca Baleiro ]
Edson Cordeiro - voz
Pedro Cunha - piano, synths e arranjo de cordas
Alexandre Fontanetti - loop
Octeto de cordas
Heitor Fujinami - violino
Francisco Krug - violino
Laércio Diniz - violino
Fabio Brucoli - violino
Marcos Scheffel - violino
Otavio Teco - violino
Alexandre de Leon - viola
Mauro Lombardi Brucoli - violoncello
2. Eu te Admirava Mais
[Vinícius Cantuária / Zeca Baleiro]
Edson Cordeiro - voz
João Camarero - violão 7 cordas
Swami Jr - violão 7 cordas
Douglas Alonso - percussão
Coro - Karina Salles, Raquel Tobias, Roberta Oliveira, Tami Uchoa
3. Heavy Metal do Senhor
[Zeca Baleiro]
Edson Cordeiro - voz
Alexandre Fontanetti - violões
Lee Marcucci - baixo
Jota Erre - bateria
4. Sangro feat. Tetê Espíndola
[Zeca Baleiro / Lúcia Santos]
Edson Cordeiro - voz
Tetê Espíndola - voz
Adriano Magoo - piano
Swami Jr - violões
Silvio Mazzuca - baixo acústico
5. Sete Vidas
[Zeca Baleiro]
Edson Cordeiro - voz
Adriano Magoo - piano e rhodes
Zeca Baleiro - guitarra
6. Lullaby
[Zeca Baleiro]
Edson Cordeiro - voz
Adriano Magoo - piano
Tuco Marcondes - dobro
7. Quase Nada feat. Almério
[Zeca Baleiro / Alice Ruiz]
Edson Cordeiro - voz
Almerio - voz
Alexandre Fontanetti - guitarra
Marcelo Jeneci - rhodes e acordeon
Serginho Carvalho - baixo
Jota Erre - bateria
8. Camisa de Listra
[Zeca Baleiro]
Edson Cordeiro - voz
João Camarero - violão 7 cordas
Swami Jr - violão 7 cordas
9. Der Vogel Saudade
[Zeca Baleiro / Oliver Bieber]
Edson Cordeiro - voz
Paulo Braga - piano
10. Tango do Cordeiro
[Zeca Baleiro]
Edson Cordeiro - voz
Pedro Cunha - piano, teclados e baixo synth
Kuki Stolarski - bateria e loop
Produção musical de Alexandre Fontanetti e Zeca Baleiro, exceto “Tango do Cordeiro”, produzida por Pedro Cunha e Zeca Baleiro.
Gravado no estúdio Space Blues por Alexandre Fontanetti e Pedro Luz.
Mixado por Alexandre Fontanetti no estúdio Space Blues
Masterizado por Carlos Freitas no estúdio Classic Master USA
Capa: Arte: Fabrini Crisci / Projeto gráfico: Andrea Pedro
Lançamento Saravá Discos / Distribuição ONErpm
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