O que é a catarata?
“A catarata é uma condição ocular em que o cristalino, a lente natural do olho, se torna opaco ou turvo, resultando em uma diminuição progressiva da visão. O cristalino normalmente é transparente e permite que a luz passe por ele, focando as imagens na retina para uma visão clara. Quando ocorre a catarata, essa opacidade interfere na passagem da luz, tornando a visão embaçada, borrada ou obscurecida”, explica o oftalmologista Paulo Saunders, especialista em doenças da retina, cirurgia de catarata e a laser e sócio-diretor do Hospital de Olhos Oftalmax.
“Embora seja mais comum em idosos, acima dos 55 anos, a catarata também pode afetar pessoas jovens. Traumas oculares, uso prolongado de corticosteróides e condições de saúde como obesidade e diabetes são fatores de risco para o problema em jovens, além de hábitos no estilo de vida como tabagismo e exposição excessiva ao sol que também podem influenciar no aparecimento da catarata de forma mais precoce”, detalha o oftalmologista Ermano Melo, especialista em córnea, cirurgia de catarata e cirurgia refrativa e sócio-diretor do Hospital de Olhos Oftalmax.
Quais os fatores que aceleram o aparecimento da catarata?
Genética: Histórico familiar de catarata pode aumentar o risco;
Exposição prolongada aos raios ultravioleta (UV): Pode danificar o cristalino ao longo dos anos;
Diabetes: Pacientes com diabetes são mais propensos a desenvolver catarata precocemente;
Uso prolongado de corticosteróides: Pode acelerar o processo de formação da catarata;
Lesões oculares: Traumas ou inflamações nos olhos podem levar à formação de catarata.
Quais os riscos de não operar a catarata?
A visão se torna cada vez mais embaçada, dificultando atividades diárias;
A visão noturna piora, aumentando o risco de acidentes ao dirigir à noite;
A diminuição da visão pode levar a quedas e fraturas, especialmente em idosos;
A pessoa com catarata se torna mais dependente.
Uma boa notícia:
Em fevereiro de 2022, o Conselho Federal de Medicina (CFM) aprovou a Cirurgia de Troca de Cristalino com Finalidade Refrativa (TCR), marcando um avanço significativo para a oftalmologia no Brasil. Esta decisão foi resultado de uma longa campanha liderada pelo Conselho Brasileiro de Oftalmologia (CBO) e pela Associação Brasileira de Catarata e Cirurgia Refrativa (ABCCR/BRASCRS), que buscaram o reconhecimento do procedimento como uma alternativa viável para a correção de erros refrativos em pacientes selecionados.
Como é feita a cirurgia?
"A cirurgia de catarata é uma cirurgia muito tranquila, rápida, com resultado excelente e é totalmente indolor. Pode ser realizada, hoje, com anestesia tópica, que é uma anestesia realizada apenas com o uso de colírios e pomadas anestésicas, em que o paciente tem conforto, não tem nenhum tipo de injeção. O paciente é operado, a cirurgia dura cerca de dez minutos e o paciente pode retornar para sua casa ou para seus afazeres logo após a cirurgia", destaca o oftalmologista Paulo Saunders.
Deixar a catarata progredir e não realizar a cirurgia pode impactar na rotina e bem-estar, podendo até levar à cegueira completa, mas que pode ser revertida com o procedimento cirúrgico. "Não há motivo para você evitar ou adiar uma cirurgia, de catarata com um medo exagerado. O procedimento é moderno e seguro e o medo é mais um medo imaginado do que um medo real", reflete o oftalmologista Ermano Melo.
Ermano Melo é oftalmologista, especialista em córnea, cirurgia de catarata e cirurgia refrativa e é sócio-diretor do Hospital de Olhos Oftalmax.
Paulo Saunders é oftalmologista, especialista em doenças da retina, cirurgia de catarata e a laser e é sócio-diretor do Hospital de Olhos Oftalmax.
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