O Dia da Favela foi instituído em 2006 pela Central Única das Favelas (CUFA) para dar visibilidade à força das favelas brasileiras, destacando seus talentos e conquistas em diversas áreas, como cultura, esporte, empreendedorismo e educação. A data não comemora a existência das favelas, mas reconhece seus desafios, tornando-se um momento de reflexão para que seus moradores possam avaliar o que já foi conquistado e o que ainda precisa ser alcançado.
Este ano, o Dia da Favela entra na agenda de mais 19 países, celebrando a capacidade de superação e o protagonismo dos seus moradores, que, apesar das adversidades, continuam transformando suas realidades.
Leci Brandão: uma voz de resistência e inspiração
A escolha de Leci Brandão como homenageada em 2024 reforça a conexão entre o samba, a cultura popular e a resistência das favelas. Ao longo de sua carreira, Leci Brandão tornou-se um símbolo de luta pelos direitos humanos e equilíbrio social. Cantora, compositora e ativista, Leci é uma das grandes personalidades brasileiras que transita por todos os segmentos da sociedade, levando a bandeira dos negros, das mulheres e do gueto com total maestria.
“A Leci Brandão representa o espírito da favela: luta, resistência, cultura e transformação. É uma honra para a CUFA poder prestar essa homenagem a uma mulher que, assim como nossas favelas, nunca desistiu de lutar por um Brasil mais justo e igualitário”, afirmou Kalyne Lima, presidenta da CUFA Brasil.
Programação especial e homenagens
Além da homenagem a Leci Brandão, o Dia da Favela 2024 contará com uma programação especial em várias cidades do Brasil, com atividades culturais, rodas de conversa e apresentações artísticas. O objetivo é não apenas celebrar a data, mas também promover a conscientização sobre as conquistas das favelas e a importância de continuar lutando por melhores condições de vida para seus moradores.
Os eventos são por adesão, e todas as atividades realizadas no dia 4 poderão fazer parte da programação oficial.
Leci Brandão, assim como Zeca Pagodinho no ano passado, será agraciada com o prêmio “ANU Preto", o pássaro símbolo da CUFA, escolhido por ser considerado um símbolo de mau agouro.
“Nossa missão é transformar o que é negativo em algo positivo, ressignificar tudo o que for possível, por isso o anu, e a Leci ajuda nessa mudança”, diz Nega Gizza, cofundadora da CUFA.
Serviço:
Data: 04 de novembro de 2024
Local: Eventos em todo o Brasil
Nenhum comentário:
Postar um comentário