O São Paulo viu a até então melhor defesa do Campeonato Brasileiro ruir nesta quarta-feira. Com 4 gols sofridos na etapa inicial, sendo 3 nos primeiros 18 minutos, perdeu por 4 a 2 para o Bragantino, no Estádio Nabi Abi Chedid, pela 28.ª rodada, nesta quarta-feira, falhando na busca por uma resposta imediata após a queda nas semifinais da Copa do Brasil.
Desfalcado de peças importantes na
defesa, o São Paulo foi dominado pelo Bragantino, que atuou com a marcação
adiantada, forçando erros do adversário, que até então só tinha sofrido 22 gols
na competição, e os aproveitando. Assim, criou muitas chances de gol.
O placar, inclusive, só não foi
maior porque Tiago Volpi fez várias defesas difíceis no segundo tempo.
O Bragantino, assim, vai fechar a
temporada 2020 sem perder para o São Paulo: venceu por 3 a 2 no Paulista e
havia empatado por 1 a 1 no primeiro turno do Brasileirão, ambos em jogos no
Morumbi.
Agora, encerra uma série de duas
derrotas e chega aos 34 pontos, na 12.ª colocação, com essa expressiva goleada.
Apesar da derrota, o São Paulo
segue na liderança do Brasileirão, com 56 pontos, com 7 de vantagem para o
Flamengo, que perdeu para o Fluminense e tem um jogo a menos, e o Atlético-MG,
que só vai atuar nesta rodada em 27 de janeiro.
O São Paulo tentará se reabilitar
no domingo, quando receberá o Santos em clássico no Morumbi. No dia seguinte, o
Bragantino, também em casa, terá pela frente o Atlético.
O JOGO - O São Paulo foi ao campo
sem três titulares com características de marcação - Juanfran, Arboleda e Luan
-, além do desfalque de Luciano.
E teve atuação tenebrosa do seu
sistema defensivo nos primeiros 45 minutos, sofrendo com falhas individuais e
para sair jogando, diante da marcação pressão imposta pelo Bragantino. Assim,
levou 4 gols - e pareceu pouco.
Foram 3 apenas nos 18 minutos
iniciais. Primeiro, Daniel Alves perdeu a bola e Claudinho marcou, aos 3. Aos
13, o gol de Raul, que já havia marcado no primeiro turno no Morumbi, veio após
contra-ataque, depois de novo vacilo de Daniel Alves, e teve a participação
direta de Claudinho. Já o terceiro, após cobrança de falta, foi de Fabrício
Bruno, de cabeça.
Entre o segundo e o terceiro gols
do Bragantino, o São Paulo até fez o seu, aos 15, com Tchê Tchê, em jogada
construída por Daniel Alves.
Mas foi quase um detalhe em um
primeiro tempo de total domínio do time da casa, tanto que ainda marcou mais
uma vez, quando os visitantes buscavam equilibrar o jogo, chegando a ter um gol
de Brenner anulado após consulta ao VAR, por impedimento de Vitor Bueno.
O quarto saiu após Diego Costa
perder a bola no campo de defesa. E quem marcou foi Artur, aos 44, selando um
primeiro tempo de muitos erros do São Paulo, mas também de impressionante
volume de jogo da objetiva e veloz equipe da casa, com apenas 33% de posse de
bola, mas 13 finalizações, dez a mais do que o líder do Brasileirão.
Na volta do intervalo, Diniz
promoveu duas alterações no São Paulo, tirando dois reservas escalados de
início - Igor Vinicius e Diego Costa. Mas pouco mudou, pois o time continuou
perdido em campo e só não foi vazado aos 7 e aos 12 por difíceis defesas de Volpi
em disparos de Claudinho e Artur.
O Bragantino seguia encontrando
espaços e ficou em situação ainda mais confortável após a expulsão de Tchê Tchê
por cotovelada em Cuello.
O ritmo do jogo diminuiu, mas Volpi
continuou sendo o são-paulino a trabalhar mais em Bragança Paulista. E contou
com a ajuda da trave, em cabeceio de Hurtado, para não sofrer o quinto. No fim,
Gonzalo Carneiro diminuiu para o São Paulo em gol confirmado após consulta ao
VAR.
Por Leandro Silveira
Estadão Conteúdo
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