sexta-feira, 29 de janeiro de 2021

Após longo trabalho com Mano, Cruzeiro já busca sétimo técnico em um ano e meio

 

O ano de 2019, temporada que marcou o rebaixamento do Cruzeiro à Série B, foi um divisor de águas negativo para o clube celeste, que passou de time que prezou pela manutenção de técnico por mais de três anos à máquina de moer treinadores.

 

Sem comandante há dois dias, desde a saída de Luiz Felipe Scolari, a equipe deu início à procura por seu sétimo treinador em um período de um ano e cinco meses. Irá encerrar a temporada de 2020 sob o comando do interino Célio Lúcio, em duelo com o Paraná às 21h30 desta sexta-feira (29).

 

Após a saída de Mano Menezes -de volta ao clube em julho de 2016-, em agosto de 2019 , as diretorias que estiveram à frente do Cruzeiro contrataram seis treinadores: Rogério Ceni, Abel Braga, Adilson Batista (os três primeiros na gestão Wagner Pires de Sá), Enderson Moreira (alvo do conselho gestor), Ney Franco e Felipão (já escolhidos por Sérgio Santos Rodrigues).

 

Agora, caberá ao atual presidente contratar o terceiro técnico de sua recente gestão, que sequer completou um ano, pois ela teve início em junho de 2020. O preferido é Felipe Conceição, que está desde outubro no Guarani, que protagonizou campanha de recuperação na Série B do Brasileiro.

 

Conceição assumiu o time de Campinas na vice-lanterna e conseguiu o feito de brigar por vaga no G-4. Entretanto, acabou ficando pelo caminho com a perda de força na reta final da competição, e, também, pelo surto de Covid-19 que acometeu o elenco bugrino. Foram 17 jogadores infectados e isso atrapalhou bastante o desempenho do grupo.

 

Apesar do desejo do Cruzeiro, não será fácil convencer o treinador a deixar o Guarani. Felipe Conceição disse ao fim do ano passado que tinha um compromisso com o atual presidente do clube paulista, Ricardo Moisés, com quem firmou vínculo até o fim de 2021. O treinador recebeu investidas recentes do Coritiba, que luta contra o rebaixamento na Série A, e três propostas do Cuiabá, todas rejeitadas.

 

Conceição brincou e chegou a dizer que não sairia do Guarani nem se aparecesse uma proposta do Flamengo.

 

"Eu tenho a palavra com o presidente, eu vou cumprir. E além disso, da palavra e do ambiente que eu tenho com os atletas, da autonomia que eu tenho para trabalhar aqui, enfim, vários fatores me ajudam a ser firme na posição", disse à EPTV, emissora de TV afiliada à Globo, em novembro de 2020.

 

A exceção da saída de Luiz Felipe Scolari, que pediu para deixar o Cruzeiro, todos os outros técnicos foram demitidos do clube.

 

GUILHERME PIU

BELO HORIZONTE, MG (UOL/FOLHAPRESS)

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