São Paulo, novembro de 2019 – A cantora, compositora, atriz e ativista Raissa Fayet lança “Freeboi”, single que fecha a trilogia “Zoiúda”, produzida por Kastrup. Mauricio Fleury, Cuca Ferreira, Daniel Gralha, Doug Bone, do Bixiga 70, participam da gravação.
Após “Zoiúda” abrir o portal e “Capim” fazer uma crítica à cultura do consumo, “Freeboi” faz um convite para derrubarmos o sistema em que estamos inseridos, com evidente crítica ao agronegócio. Para Raissa, nós somos os bois do sistema.
“Em 2016, após 10 anos sendo vegetariana, decidi estudar o veganismo e me tornei vegana depois de ter algumas informações e principalmente ao assistir ‘Cowspiracy’, um documentário que fala sobre a indústria da carne.
Aprofundando os estudos, descobri dados extremos e assustadores: a maior causa de desmatamento da Amazônia é para pasto e agricultura que alimenta o gado e aves; a maior causa de poluição das águas e do ar; o consumo da carne, que está cheia de hormônios, vacinas, veneno, é uma das maiores causas de doenças como câncer e doenças cardíacas”, conta Raissa. “É tempo da gente agir a favor da vida, da vida das florestas e assim sendo, a nossa.
Sem floresta, não tem vida. As pessoas estão anestesiadas nessa vida de gado, e não acessam essa informação. De onde vem a água que bebemos?”, questiona.
Desses estudos e informações, Raissa chegou no monopólio da semente, que são os mesmos que produzem o veneno, fazem os remédios. “E assim vamos adoecendo nesse círculo vicioso. Que valor nutritivo de cura e saúde? Querem alimentar o mundo? Tamanha a pretensão da decisão de meia dúzia de zumbis do poder fingindo alimentar bilhões, anestesiando com bebidas, drogas, veneno, informações. Esse vício doentio do patriarcado, afinal mãe não coloca veneno pros filhos comerem”, alerta.
O nome é um trocadilho com a marca Friboi, que faz parte da grande corporação JBS. “Atores que influenciam milhões aparecem vendendo morte em horário nobre. E as pessoas apegadas ao glamour das margarinas de telenovelas seguem a comprar sangue em bandejas. Por isso a ideia de se libertar chamando a canção de ‘Freeboi’, o boi livre.”
O clipe Gravado no centro de São Paulo e em uma fazenda em São Luis do Purunã, no Paraná, que é um dos Estados mais desmatados do Brasil. “A ideia é retratar a boiada que somos, presos nesse sistema que não funciona e nos deixa aprisionados, sem saída. Mostra a realidade da família Brasil e várias etapas do sistema de consumo. Precisamos nos libertar. Vamos derrubar o sistema?”, convida Raissa.
Assista “Freeboi”:
FICHA TÉCNICA
Música
Composição: Raissa Fayet
Voz: Raissa Fayet
Produção Musical: Guilherme Kastrup
Mixagem: Victor Rice
Masterização: Felipe Tichauer
Guitarra e Vocais: Du Gomide
Teclado e Guitarra: Mauricio Fleury
Baixo e Vocais: François Muleka
Bateria, Stylofone e MPC: Guilherme Kastrup
Sax Barítono: Cuca Ferreira
Sax Tenor: Daniel Gralha
Trombone: Doug Bone
Clipe
Dirigido e fotografado por Duda Camargo e Fernando Moreira
Produção executiva: Laisa Musial e Carolina Bassani
Coordenação geral: Raíssa Fayet
Figurino e arte gráfica: Duda Camargo
Produção de Figurino: Juliana Zaniolo da Silva
Edição: Fernando Moreira
Interpretação em Libras: Edinho dos Santos
Trilogia “Zoiúda”
No início de 2019, Raíssa entrou em estúdio para gravar seu novo trabalho, uma trilogia, que produzida por Guilherme Kastrup (produtor dos discos “Deus é Mulher” e “A Mulher do Fim do Mundo”, que ganhou o Grammy Latino na categoria de melhor álbum de música popular brasileira em 2016, ambos de Elza Soares,). O EP “Zóiuda” será lançado no segundo semestre deste ano e conta com participações de Russo Passapusso e alguns integrantes do Bixiga 70, além de grandes músicos como Du Gomide (sitar, guitarra, rabeca, viola e vozes), François Muleka (baixo e vozes), Maurício Fleury (guitarra e teclado) e Guilherme Kastrup (percussão e bateria). “Essa trilogia é um chamado para uma reflexão de novos hábitos, de uma nova consciência. Somos os bois do sistema, vamos nos libertar... Entender que tudo que precisamos pra sobreviver vem da terra, água, ar e o alimento, estarmos atentos para iniciar na pratica a mudança. Abre o Zóio!! Zoiudaaaa!! Pra matar os mal do mundo!”, define Fayet.
Graças à trilogia, Raissa foi indicada na categoria “Escute as Minas/Spotify” no Women’s Music Event 2019.
SOBRE RAISSA FAYET
Cantora, compositora, atriz e ativista, Raissa Fayet manifesta a arte como agente de cura, conexão e política. Versatilidade é sua marca: faz trompete de boca, beatbox, faz loop e toca violão, além de compor a maior parte das músicas que interpreta. Sua pesquisa musical flutua passando pela cultura popular brasileira, através de suas vivências com etnias indígenas e quilombolas, até as músicas nômades ciganas, tuaregs, africanas, com groove, suingue. Suas letras falam sobre espiritualidade, fé, conexão com a natureza, cura, amor, de uma forma política e essencial. Em 2015, por intermédio de Christian Lohr (tecladista de Joss Stone, produtor de artistas internacionais como Mick Jagger e Sting), gravou com Gregor Meyle uma versão bossa nova da música “HeuteNacht”, sucesso no iTunes que resultou na participação de Raissa na tour de Gregor. O duo, em português e alemão, tem arranjo de cordas e a participação de músicos renomados, como Antônio Sánchez, autor da trilha do premiado filme “Birdman”. No mesmo ano, ganhou o prêmio de melhor letra no Festival Botucanto, em Botucatu (SP), com a música “Lavar a Louça”. Em fevereiro de 2016, foi selecionada como um dos talentos da América Latina para participar do Red Bull Music Academy Bass Camp, junto com Russo Passapusso, representando o Brasil na edição que ocorreu no Chile. Em 2017, lançou o mini documentário e o single “São Jorge”. Gravado durante o XIII Encontro de Culturas Tradicionais da Chapada dos Veadeiros, o audiovisual narra a jornada criativa do disco “RÁ”, lançado nesse mesmo ano.
Em julho, Raissa participou do Encontro de Culturas pela segunda vez, sendo destaque no palco principal ao lado de grandes nomes da música brasileira.
Entre 2017 e 2018, apresentou o show “RÁ” em diversos festivais do Brasil, incluindo Semana Internacional da Música (SIM-SP, 2017), Festival Psicodália (SC, 2018), Festival Internacional da Música do Sul (FIMS-PR, 2018) e Rio Creative Conference (Rio2C, 2018). Em 2018, foi escolhida para participar do Núcleo de Música do SESI-PR, sob a orientação dos curadores Isaac Chueke, Vadeco Schettini e Alexandre Kassin. Também foi convidada a participar de rodas de conversas e bate-papos sobre Música como Tecnologia Social e Ambiental (Paiol Digital, 2019), “Do It Yourself” (Women Music Event - Festival Subtropikal, 2017) e Gestão de Carreira (Festival Sonora, 2017). No início de 2019, Raíssa entrou em estúdio para gravar a trilogia “Zóiuda”, produzida por Guilherme Kastrup (produtor dos discos “Deus é Mulher” e “A Mulher do Fim do Mundo”, de Elza Soares,). O EP foi lançado no segundo semestre deste ano e conta com participações de Russo Passapusso e Bixiga 70.
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