O aumento de casos de
depressão se tornou preocupante em todo o mundo e o Brasil se
destaca entre os países da América Latina, sendo o primeiro no
ranking. De acordo com a recente pesquisa publicada pela Organização
Mundial de Saúde (OMS), 5,8% da população brasileira sofre com
depressão. A situação é ainda mais alarmante quando analisado
também o índice de ansiedade que, segundo a pesquisa, atinge 9,3%
dos brasileiros.
Esses dois tipos de
transtornos individualmente já exigem atenção e acompanhamento
psicológico que irá indicar o melhor caminho para garantir a
qualidade de vida. No entanto, o que muitos não sabem, é que há a
possibilidade do indivíduo ser acometido com as duas condições
simultaneamente. Conhecida como depressão ansiosa, o problema
envolve as características da ansiedade e da depressão, como
explica a psicóloga Sarah Lopes, do Hapvida Saúde.
“O Transtorno Misto
Ansioso Depressivo é muito comum, isso porque a ansiedade condiciona
o indivíduo a pensar em um futuro geralmente negativo, fazendo com
que ele se frustre antes mesmo do acontecimento, e a sucessão de
frustrações dá início à depressão, causando assim um círculo
vicioso”, analisa a especialista.
De acordo com Sarah
Lopes, as causas para o transtorno podem variar, mas, normalmente, o
estilo de vida, bem como preocupações excessivas e pensamentos
negativos podem ser os principais fatores para desencadear a
depressão ansiosa. Por causa disso, é preciso ter atenção às
mudanças de comportamento. “Os sintomas podem variar, mas é comum
irritabilidade, insônia, apatia, desânimo com situações
cotidianas, falta de interesse e potencialização de conflitos
simples”, afirma.
Após diagnosticado o
transtorno, o tratamento se assemelha ao dos casos de ansiedade e
varia de acordo com as necessidades de cada paciente. “A Terapia
Cognitiva Comportamental, em psicoterapia, favorece as crenças
positivas, incentiva o enfrentamento dos medos, racionalizando
juntamente com o paciente os passos para a sua reconstrução. A
terapia medicamentosa pode ter eficácia em alguns casos”,
esclarece Sarah Lopes.
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