Nesta
época do ano, em que as temperaturas aumentam, deixar água parada é ainda mais
perigoso. O ambiente torna-se propício para a proliferação do Aedes aegypti,
mosquito responsável pela transmissão da dengue que, apesar dos alertas, ainda é
uma das doenças mais comuns no país.
De
acordo com dados da Secretaria Estadual de Saúde da Paraíba, o número de casos
suspeitos de dengue no estado cresceu 119,35% de janeiro a março de 2015, em
comparação com o mesmo período de 2014. Ao todo, foram registrados 2.448 casos
suspeitos da doença, enquanto que no ano anterior houve a notificação foi de
1.116.
Esse
aumento gera o alerta para a população e o incentivo à prevenção da doença,
tendo em vista que os sintomas são desagradáveis e nas situações mais críticas
pode causar a morte. De acordo com o clínico geral do Hospital Geral da
Paraíba, Plínio Muniz, é preciso observar os sintomas, tendo em vista que eles
podem ser confundidos com outras doenças. “É comum que o paciente sinta febre,
dor de cabeça e dor retro-ocular, que são sintomas também encontrados em
gripes, febre chikungunya, malária e febre amarela. Por isso, a principal
recomendação é procurar tratamento médico imediatamente”, orienta.
A
prevenção é o método mais eficaz para evitar a doença e a mudança no
comportamento deve começar dentro de casa, com cuidados na higiene de espaços
que possam acumular água. Entre as dicas e recomendações mais comuns e
eficientes está limpeza de quintais e terrenos baldios, bem como cobrir tanques
e caixas d’água.
O médico
explica que as pessoas que já tiveram a doença precisam redobrar os cuidados,
tendo em vista que na segunda vez a probabilidade de ter dengue hemorrágica
aumenta. “Além dos sintomas comuns da dengue, pode haver hemorragia de mucosa,
da gengiva, dor abdominal e menstruação mais prolongada”, explica. Segundo
Plínio Muniz, o tratamento varia de acordo com o caso de cada paciente, mas a
orientação geral é repouso, hidratação e analgesia.
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