Desde
2003, o Dia Nacional da Voz é comemorado anualmente em 16 de abril e serve de
alerta para os cuidados com o nosso principal instrumento de comunicação. A
fonoaudióloga do Hapvida Saúde, Rebecca Costa, reforça a campanha e revela que
atitudes simples no dia-a-dia podem fazer toda a diferença. “Respeitar os
horários das refeições, ter uma dieta alimentar balanceada, visto que alimentos
pesados, muito condimentados e excesso de cafeína, podem favorecer um refluxo
esofágico e assim provocar alterações vocais (rouquidão), limitações
respiratórias e halitose (mau hálito)”, explica.
A
especialista também orienta o uso de roupas confortáveis para facilitar o
equilíbrio do corpo e bem estar geral. “Peças que apertam o pescoço, peito e
cintura podem interferir e restringir o movimento de estruturas e forçar a
produção vocal”, alerta.
Pessoas
que necessitam da voz para trabalhar são as que devem tomar mais cuidado. Falar
demais e com muito esforço, como em locais abertos e ruidosos, acaba
sobrecarregando as cordas vocais. Nesses casos, o mais indicado é sempre
utilizar um microfone e recursos de amplificação e, caso perceba alterações com
duração de mais de 15 dias, como rouquidão e voz falhada, o mais indicado é
procurar ajuda de um fonoaudiólogo.
De
acordo com a profissional do Hapvida, outras práticas são verdadeiras inimigas
para a voz, mas podem ser facilmente evitadas. “Falar excessivamente durante
quadros gripais ou crises alérgicas; gritar e rir alto; excesso de consumo de
bebidas alcoólicas e à base de cafeína, refrigerantes, frituras e alimentos
pesados, gordurosos ou condimentados; ambientes empoeirados; mudanças bruscas
de temperatura; tabagismo, drogas e estresse emocional, podem prejudicar, em
longo prazo, a voz do indivíduo”, esclarece.
A
fonoaudióloga alerta que mitos e ‘receitas milagrosas’ foram criados para
tentar ajudar a combater estes sintomas. Todos sem sucesso. O uso de pastilhas
e balas, por exemplo, são tratamentos paliativos. “Eles aliviam rapidamente e o
individuo continua utilizando a voz de forma inadequada e assim perdendo o
controle sobre ela, prejudicando-a ainda mais”, explica.
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