domingo, 21 de setembro de 2025

Samba e Boemia: Clube do Samba PB toma o palco do Centrô Bar no Festival Alumiô



Imagine um domingo onde o sol poente de setembro se entrelaça com o ritmo ancestral do maracatu, e o ar do Centro Histórico de João Pessoa vibra como um coração coletivo, batendo ao som de vozes roucas, violões afinados e tambores que ecoam histórias de resistência e paixão.
É isso que o Festival Alumiô 2025, em sua quarta edição triunfal, promete para este 21 de setembro – um dia inteiro de celebrações gratuitas que transformam as ruas em um palco vivo, homenageando a Casa Pequeno Davi e seus 40 anos de luz para crianças e jovens da comunidade.

O dia começa suave, mas logo ganha fôlego às 16h30, no icônico Palco Centro do Centrô PB (aquele bar-cabaré que é um portal para o boêmio paraibano, na Praça Antenor Navarro). Aqui entra em cena Zefreitas, a sereia do sertão, com um show dedicado ao boêmio inventorado – um tributo à paixão que transborda das teclas e da voz, misturando seresta com toques de emoção crua. É o tipo de apresentação que faz o tempo parar: ela, com sua presença magnética, te leva por melodias que sussurram segredos antigos, como se o Varadouro inteiro fosse um quintal de amigos reunidos sob as estrelas prematuras.

Às 18h30, o fogo se acende com Lua Isa e o Espaçaço Brega Night – um encontro de vozes, violão e ritmos que pulsam a alma brega, essa música autoral e poética que é pura essência nordestina. Pense em crônicas cantadas que envolvem o público como um abraço apertado: viola chorando versos de amor torto, poesias que criam uma vibe íntima, fazendo todo mundo sentir a música de dentro pra fora. É brega, sim, mas do bom – daqueles que te faz rir, chorar e dançar sem pudor, celebrando o que há de mais humano no coração paraibano.

E quando o relógio marca 20h, o Clube do Samba PB assume o comando, trazendo samba raiz que honra mestres eternos como Paulinho da Viola, Clara Nunes e Jackson do Pandeiro. Mantendo viva a tradição em João Pessoa, esse set é uma viagem pelo tempo: pandeiros ecoando como trovões suaves, sambas que falam de encontros de estilos e gerações que fazem a cidade inteira vibrar. Uma energia do Alumiô em essência – encontros que unem o popular ao profundo, o riso ao sagrado.

Mas o Centro não para por aí! Enquanto o Palco Centrô ferve, o Largo do Centro Histórico concentra o gran finale a partir das 17h, com o Encontro de Maracatus reunindo gigantes como Nação Pé de Elefante, Baque Mulher e Baque de Raiz. É o clímax do festival: caboclos dançando em rodopiantes de caboclinho, tambores que chamam os ancestros, e uma explosão de cores e sons que celebram a herança afro-indígena da Paraíba. Artistas como Pricler e as Panteronas, Zepelim e o Sopro do Cão, Quinteto da Paraíba, Caiana dos Crioulos e Os Gonzagas completam o mosaico, provando que o Alumiô é mais que um evento – é um pulsar coletivo, gratuito e acessível, esperando por cerca de 30 mil almas sedentas de cultura viva.

Venha, pois! Chegue junto, solte o corpo e a alma nesse domingo que não é só um dia, mas um ritual. No Centrô PB, onde o cabaré vira confessionário e o samba, oração. João Pessoa, prepare-se: o Alumiô de 2025 vai iluminar setembro com o brilho de quem sabe que a verdadeira festa é a que une gerações em um só batuque. Não perca – as ruas te esperam de braços abertos.

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