Estrelado por Denise Weinberg, que interpreta Tereza, uma idosa de 77 anos que decide embarcar em uma jornada pelos rios da Amazônia para realizar um último desejo em meio a um cenário distópico, o longa também conta com Rodrigo Santoro no elenco e se destaca por abordar temas como envelhecimento, autonomia e etarismo.
A produção também foi possível graças ao apoio de políticas públicas de incentivo à cultura, contando com financiamento do Fundo Setorial do Audiovisual (FSA), da Agência Nacional de Cinema (Ancine), do Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE), do Funcultura, da Fundarpe e do Banco do Brasil, entre outros parceiros institucionais. Segundo dados oficiais do Ministério da Cultura, entre 2023 e 2024 o governo federal destinou R$4,8 bilhões ao setor produtivo via FSA e Ancine, além de R$2,8 bilhões repassados pela Lei Paulo Gustavo.
Embora o valor exato aportado especificamente em O Último Azul não tenha sido divulgado, a robustez desses investimentos demonstra a relevância do fomento público para a consolidação de projetos de grande impacto cultural e artístico. A estreia do longa no Brasil, em mais de 155 salas, celebra tanto a força criativa do cinema nacional quanto a importância das políticas públicas no fortalecimento da indústria audiovisual.
O FSA existe para fortalecer todo o setor de cinema e produção audiovisual no Brasil, desde a criação dos roteiros até a exibição dos filmes. O dinheiro usado para financiar os projetos vêm de contribuições feitas por empresas do próprio mercado, como produtoras, emissoras de TV e operadoras de telecomunicações, como CONDECICE e FISTEL, por exemplo. Essas contribuições são obrigatórias por lei e ajudam a manter viva a produção cultural no país.
“De forma resumida, a Lei do Audiovisual é uma forma de o governo apoiar a produção de filmes, séries e outros conteúdos no Brasil. As empresas que pagam impostos podem direcionar parte desse valor para projetos culturais, em vez de repassar tudo para o governo. Esse apoio ajuda a tirar do papel ideias que, de outra forma, talvez nunca fossem realizadas”, conta Vanessa Pires, CEO da Brada, maior e mais completa startup para buscar investimento de incentivo em impacto positivo.
Além de permitir que ideias saiam do papel, os recursos da lei incentivam a profissionalização do setor, geram empregos, movimentam a economia criativa e fortalecem a imagem institucional das empresas que apoiam a cultura. “Os incentivos fiscais funcionam como um verdadeiro motor para o cinema brasileiro. É importante contar com parceiros mediadores que orientem empresas e produtores a entenderem como aproveitarem essas oportunidades, que vão muito além do financiamento e fortalecem a imagem institucional. Para o governo, é uma forma de apoiar não só a economia, mas a cultura e a identidade do país”, conclui Vanessa.

Nenhum comentário:
Postar um comentário