sexta-feira, 23 de fevereiro de 2024

Sinagoga Kahal Zur Israel sedia exposição inédita que retrata o pioneirismo dos judeus na formação de Nova York



Neste domingo (25), a partir das 14h, na Sinagoga Kahal Zur Israel, no bairro do Recife, será aberta a exposição pioneira e inédita "De Recife para Nova York: essa história começou aqui", que apresenta para o público o pioneirismo de um grupo de imigrantes na fundação do que seria a futura cidade de Nova York.
São cerca de 37 imagens e objetos que destacam a chegada dos judeus na colônia holandesa no Brasil, a formação da comunidade judaica em Recife e seu grande desenvolvimento, a saída depois da reconquista portuguesa, a atribulada viagem para a América do Norte e a colonização de Nova York.


A exposição "De Recife para Nova York: essa história começou aqui", é promovida pela Federação Israelita de Pernambuco (Fipe) e fica em cartaz até o dia 30 de abril na Sinagoga com funcionamento de terça à sexta, das 9h às 17hs e aos domingos, das 14h às 18hs. O acesso é mediante o ingresso para visitação do museu, que estará com seu acervo habitual, no valor de R$ 40 inteira e R$ 20 meia entrada para estudantes, idosos, professores, pessoas com deficiência e acompanhante, policiais e doadores de sangue e medula óssea. Mais informações podem ser obtidas no (81) 98279-9802 ou através do e-mail: fipe.sec@israelita.org.br


A montagem tem curadoria assinada pela historiadora paulista Daniela Levy, e foi concebida especialmente para ocupar o espaço da Sinagoga Kahal Zur Israel, a primeira das Américas. O trabalho é baseado no seu livro De Recife para Manhattan: os judeus na formação de Nova York, lançado em 2018 pela Editora Planeta. A obra é resultado de mais de 10 anos de pesquisas da historiadora em arquivos do Brasil, dos EUA e de Israel, e narra uma epopéia passada em 1654, onde um grupo com 23 judeus, entre homens, mulheres e crianças, deixaram a cidade do Recife em busca de uma nova terra. Após 24 anos de domínio holandês, Portugal recuperou a colônia da região de Pernambuco, expulsando os holandeses e judeus que lá haviam se estabelecido.


Os judeus de Recife mais uma vez foram obrigados a procurar um novo lar. Lançados ao mar, o destino os guiou para uma nova terra, repleta de perigos e desafios. Foi na luta pela sobrevivência que esses corajosos recifenses se tornaram pioneiros na colonização de Nova York. Colaboraram com o desenvolvimento, então incipiente, do comércio, com a organização inicial do mercado financeiro, a construção de modernos hospitais, a luta pela emancipação política, a formação de renomadas universidades e centros culturais. Os judeus do Brasil contribuíram muito para que Nova York fosse hoje a capital do mundo. Tanto é que a cidade ergueu um monumento aos chamados Jewish Pilgrim Fathers.


"É para contar esta história fascinante e pouco conhecida que não foi contada pelos livros  tradicionais de História, que a exposição aportou no Recife", revela a curadora Daniela Levy. O conteúdo impresso em tecido foi a forma definida para ocupar o edifício tombado com o mínimo de interferência possível e o máximo de atração para o público que visita o centro e a Sinagoga.


A Kahal Zur Israel (Congregação Rochedo de Israel) foi a primeira sinagoga das Américas. Funcionou em Pernambuco durante o período de dominação holandesa (1630 a 1657) quando emigraram para o Recife judeus sefarditas de origem portuguesa, refugiados nos Países Baixos, que vieram para a então colônia holandesa atraídos pela liberdade de culto religioso, reinaugurada em 2002. A exposição contará com a sonorização de músicas da cantora e compositora Fortuna, uma brasileira de origem judaica.


Mini bio da curadora:

Daniela Levy é mestre e doutoranda em História pela Universidade de São Paulo, autora de diversos artigos sobre Inquisição, cristãos-novos e antissemitismo, publicados no Brasil e no exterior (Estados Unidos e Israel). É também historiadora do núcleo de pesquisa Anita Novinsky na Universidade de São Paulo e autora do livro “De Recife para Manhattan: Os judeus na formação de Nova York, entre tantas outras obras publicadas.


Mini bio da cantora e compositora Fortuna:

Fortuna é cantora e compositora brasileira de origem judaica e tem uma trajetória musical de mais de 30 anos, inicialmente marcada pelas suas raízes do Oriente Médio (judaicas e árabes) e dos judeus da Espanha e Portugal (Sefarad). Pesquisadora de músicas do mundo, Fortuna estabelece pontes entre sua música e diversas religiões e culturas do mundo. Como resultado dessa pesquisa, a artista se projetou na música do mundo e também no universo infantil através de seus projetos baseados na literatura, em parcerias com escritoras como Ruth Rocha e Tatiana Belinky. Desde 2020 desenvolve a atividade de chazanit (cantora litúrgica) junto a diversas entidades religiosas judaicas, como por exemplo a CJB-Congregação Judaica do Brasil (com os Rabinos Nilton Bonder e Dario Bialer), Bethel (Rabino Uri Lam) e Kahal Tzur Israel, Primeira Sinagoga das Américas, em Recife, Pernambuco.


SERVIÇO:

Exposição inédita "De Recife para Nova York: essa história começou aqui"

Local: Museu Sinagoga Kahal Zur Isarel

Período: 25 de fevereiro a 30 de abril de 2024

Horário de funcionamento: de terça à sexta, das 9h às 17hs e aos domingos, das 14h às 18hs.

Entrada: R$ 40 inteira e R$ 20 meia entrada para estudantes, idosos, professores, pessoas com deficiência e acompanhante, policiais e doadores de sangue e medula óssea.

Mais informações: (81) 98279-9802 ou no e-mail: fipe.sec@israelita.org.br

Nenhum comentário:

Postar um comentário