As mudanças de hábitos repercutem diretamente na nossa vida. E, por estarmos há quase 3 anos convivendo com uma Pandemia e tendo que nos readaptarmos a uma nova forma de viver e nos relacionar, essa situação nem sempre é digerida de forma fácil. A resistência ao que nos incomoda, abala o nosso psicológico e se reflete, em muitos casos, no ganho de peso. No Brasil, cerca de 20% das pessoas com mais de 18 anos estão obesas segundo a Pesquisa Nacional de Saúde e, frente a Covid-19, de acordo com o Núcleo de Pesquisas Epidemiológicas em Nutrição e Saúde da USP, um estudo com 14.259 indivíduos mostrou que durante a pandemia, 19,7% deles tiveram aumento de pelo menos 2 Kg em seu peso.
De acordo com o cirurgião bariátrico Walter França essa
situação de pandemia agrava a situação da obesidade porque leva a um
confinamento da população, pois muitos ainda não voltaram a sua rotina
normal. “Devido a ansiedade, há um
aumento da ingestão de alimentos ocasionado o ganho de peso. Mudar a condição
atual, nos quesitos peso e qualidade de vida, depende única e exclusivamente de
uma decisão pessoal e, muitas vezes, ela
passa pela cirurgia bariátrica”, salienta o profissional.
Para se chegar a indicação da cirurgia bariátrica o paciente
já deve ter tentado emagrecer com reeducação alimentar e atividade física mas,
não obtendo sucesso e já com um comprometimento da saúde tem como opção viável,
o procedimento cirúrgico. O excesso de peso colabora para o aparecimento de
várias comorbidades como hipertensão arterial, diabetes tipo 2, alterações do
colesterol e triglicérides e, aumenta as chances de arteriosclerose e de outras
patologias além de mexer com a autoestima do paciente.
A ciência não para de evoluir e a robótica na medicina, é um
caminho sem volta, inclusive em cirurgias da obesidade. Esse upgrade
tecnológico, proporcionado pelo avanço da medicina e ciência, permite
transformar a máquina numa extensão do médico possibilitando maior delicadeza e
precisão, impossíveis à mão humana, no tocante à manipulação de tecidos e,
principalmente, diminuindo os traumas ao paciente que precisa de uma
intervenção cirúrgica.
Segundo o cirurgião bariátrico Walter Fraça a cirurgia
bariátrica realizada através da robótica facilita a intervenção em pacientes
super obesos e em procedimento de reoperação e nas cirurgias
tecnicamente mais difíceis. Além de ampliar as imagens em 20 vezes, outro ponto
positivo do procedimento é que o cirurgião permanece sentado, diferente de
outras técnicas em que o médico permanece em pé, o que o ajuda a atenuar a
fadiga de cirurgias de alta duração. “A cirurgia robótica cresce de forma
expressiva. A tendência é que essa técnica continue em expansão, com mais equipamentos
instalados e médicos sendo habilitados para realizar o procedimento e,
consequentemente, os custos deste tipo de cirurgia sejam reduzidos”, salienta o
profissional que já contabiliza mais de 4 mil cirurgias no currículo e que
possui capacitação num Centro de Excelência em Robótica, na Colômbia.
É bom salientar que na cirurgia robótica os movimentos do
robô não são autônomos. A tecnologia depende inteiramente do ser humano e só
funciona com a existência de um profissional habilitado para operacionalizá-lo.
Os instrumentos robóticos são utilizados como uma extensão da mão do cirurgião
e obedecem ao seu comando. Os movimentos são escalonados, evitando aquele
tremor que todos os humanos têm, por mais experiente que seja, permitindo
acesso a áreas mais delicadas do corpo humano e executando movimentos
milimétricos, com mínima chance de erro. De acordo com o cirurgião bariátrico
Walter França, num futuro próximo, a Cirurgia 4.0, será realizada
exclusivamente pelo robô”. É a tecnologia chegando pra ficar na área de saúde e proporcionando qualidade
de vida aos pacientes.
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