sexta-feira, 31 de julho de 2015

Teresina sediará 1ª Feira Estadual da Economia Solidária do Piauí

Visando atender cerca de 5 mil empreendedores com cursos, treinamentos, palestras e oficinas, com direito a rodadas de negócios, vem aí a 1ª Feira Estadual da Economia Solidária.
O evento é uma realização da Secretaria Estadual do Trabalho e Empreendedorismo (Setre) e tem como meta fomentar o debate, a reflexão e a comercialização de eventos voltados para o que se chama de economia solidária.


Um conjunto de ações será lançado, com três eixos temáticos para serem debatidos. A realização cumpre um objetivo central que afirmar em nível de todo o estado a importância do desenvolvimento solidário, sustentável e autogestionário, além de torná-lo popular e coletivo.
A feira tem uma proposta popular e coletiva, com base em metodologias participativas. Deve possibilitar a proposição de politicas públicas que subsidiarão a incidência do movimento de economia solidária em várias cidades piauienses.

Será realizado neste segundo semestre, no Complexo Cultural Praça Pedro II / Centro Artesanal.  A Associação dos Permissionários, Concessionários e Usuários do Mercado da Piçarra, entidade sem fins lucrativos, está a frente. Possui uma larga experiência na área de economia solidária em Teresina.

ECONOMIA SOLIDÁRIA

Para entender a importância do tema Economia Solidária: é um jeito diferente de produzir, vender, comprar e trocar o que é preciso para viver. Sem explorar os outros, sem querer levar vantagem, sem destruir o ambiente. Cooperando, fortalecendo o grupo, cada um pensando no bem de todos e no próprio bem. A economia solidária vem se apresentando, nos últimos anos, como inovadora alternativa de geração de trabalho e renda e uma resposta a favor da inclusão social. Compreende uma diversidade de práticas econômicas e sociais organizadas sob a forma de cooperativas, associações, clubes de troca, empresas autogestionárias, redes de cooperação, entre outras, que realizam atividades de produção de bens, prestação de serviços, finanças solidárias, trocas, comércio justo e consumo solidário.

Nesse sentido, compreende-se por economia solidária o conjunto de atividades econômicas de produção, distribuição, consumo, poupança e crédito, organizadas sob a forma de autogestão. Considerando essa concepção, a Economia Solidária possui as seguintes características:

-Cooperação: existência de interesses e objetivos comuns, a união dos esforços e capacidades, a propriedade coletiva de bens, a partilha dos resultados e a responsabilidade solidária. Envolve diversos tipos de organização coletiva: empresas autogestionárias ou recuperadas (assumida por trabalhadores); associações comunitárias de produção; redes de produção, comercialização e consumo; grupos informais produtivos de segmentos específicos (mulheres, jovens etc.); clubes de trocas etc. Na maioria dos casos, essas organizações coletivas agregam um conjunto grande de atividades individuais e familiares.

-Autogestão: os/as participantes das organizações exercitam as práticas participativas de autogestão dos processos de trabalho, das definições estratégicas e cotidianas dos empreendimentos, da direção e coordenação das ações nos seus diversos graus e interesses, etc. Os apoios externos, de assistência técnica e gerencial, de capacitação e assessoria, não devem substituir nem impedir o protagonismo dos verdadeiros sujeitos da ação.

-Dimensão Econômica: é uma das bases de motivação da agregação de esforços e recursos pessoais e de outras organizações para produção, beneficiamento, crédito, comercialização e consumo. Envolve o conjunto de elementos de viabilidade econômica, permeados por critérios de eficácia e efetividade, ao lado dos aspectos culturais, ambientais e sociais.



-Solidariedade: O caráter de solidariedade nos empreendimentos é expresso em diferentes dimensões: na justa distribuição dos resultados alcançados; nas oportunidades que levam ao desenvolvimento de capacidades e da melhoria das condições de vida dos participantes; no compromisso com um meio ambiente saudável; nas relações que se estabelecem com a comunidade local; na participação ativa nos processos de desenvolvimento sustentável de base territorial, regional e nacional; nas relações com os outros movimentos sociais e populares de caráter emancipatório; na preocupação com o bem estar dos trabalhadores e consumidores; e no respeito aos direitos dos trabalhadores e trabalhadoras.

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