No Instituto do Autismo, os dois maiores eventos gratuitos (colônia de férias e gincana da família), que são regularmente promovidos em suas oito unidades, contam com o apoio de centenas de voluntários. Além do trabalho desenvolvido por todos os profissionais colaboradores do IDA, as experiências vivenciadas valorizam não só as crianças e adolescentes autistas, mas também o papel dos voluntários, que recebem orientações e capacitações para participar dos eventos. Na opinião de Kadu Lins, o voluntariado está ligado à missão do IDA. “Somos um instituto voltado ao cuidado das pessoas e também à conscientização da inclusão social. Então valorizar o voluntariado é essencial para reconhecer o poder transformador que cada voluntário possui para contribuir com um futuro mais inclusivo”.
Uma das voluntárias na mais recente colônia de férias foi Priscila Oliver, 40 anos, formada em Psicologia na área clínica infantil e que, há alguns meses, recebeu o diagnóstico de Transtorno do Espectro Autista (TEA). “As crianças autistas sofrem muito preconceito no dia a dia e eu queria muito dar minha contribuição para proporcionar momentos de diversão para elas, além de querer vivenciar essa experiência. Ser voluntária é ter uma mudança de olhar. Estar na colônia como voluntária também teve esse lado, de uma pessoa com autismo estar ajudando crianças autistas”, comenta.
A psicóloga Clea Ribeiro, 37 anos, está se sentindo realizada com a sua primeira experiência como voluntária na colônia de férias do IDA. “O que me motivou a participar foi poder ter mais conhecimento sobre o autismo e, de certa forma, poder ajudar com o pouco que posso”, salienta Clea. O estudante de Pedagogia Luiz Carlos Lima e Silva, 28 anos, resolveu se inscrever como voluntário após alguns amigos já terem vivenciado a experiência. “Eu quis me permitir isso, mudando algumas formas de pensar, principalmente na questão de servir o outro. Para mim foi fantástico, aprendendo mais sobre a atividade clínica, conhecendo novas pessoas”, afirma Luiz.
A estudante de Psicologia Alice Alves, 21 anos, também participou da colônia de férias do Instituto do Autismo por estímulo de uma amiga. “Fiquei bem motivada porque queria viver essa experiência na prática, já que na faculdade não vivemos isso. Foi uma experiência sensacional, fiquei encantada com o trabalho incrível que vi no instituto. Saí de lá com uma bagagem de experiência para a vida”, ressalta Alice.
NACC - O Núcleo de Apoio à Criança com Câncer, que há quase 40 anos oferece suporte aos serviços de oncologia pediátrica do Recife, através do apoio às crianças carentes em tratamento na cidade e seus familiares, conta atualmente com 120 voluntários ativos. Esses colaboradores atuam nos setores de eventos externos, nutrição, biblioteca, brinquedoteca, entre outros.
O NACC - mantido exclusivamente através de doações - necessita da ajuda desses voluntários e por isso está sempre aberto a quem deseja oferecer parte do seu tempo ajudando a instituição. Para isso, a pessoa tem que ser maior de 18 anos, ter disponibilidade e se comprometer a trabalhar quatro horas por semana. A seleção é feita por meio da inscrição no site do NACC (www.nacc.org.br). Mais informações pelo (81) 3267-9200.
Benefícios de ser voluntário:
- Estudos têm demonstrado que o voluntariado está ligado a melhorias na saúde mental e bem-estar emocional dos voluntários;
- O senso de propósito e conexão social que acompanha o serviço voluntário pode reduzir o estresse e aumentar a resiliência emocional;
- O sentimento de contribuição para o bem-estar coletivo traz uma profunda satisfação pessoal;
- O voluntariado proporciona oportunidades únicas de desenvolvimento pessoal e profissional;
- Habilidades como empatia, trabalho em equipe e resolução de problemas são constantemente aprimoradas, beneficiando tanto o voluntário quanto a comunidade atendida.
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