Lily (Blake Lively) é uma jovem dona de uma floricultura que acaba se apaixonando por Ryle (Justin Baldoni). A princípio, um relacionamento comum, passando por altos e baixos, até que a história toma um rumo diferente e apresenta sinais importantes a serem observados pelos cinéfilos, deixando de lado o destaque da palavra ‘amor’.
A psicanalista e terapeuta Ana Lisboa destaca que o livro e o filme ajudam a reparar nos principais indícios de um relacionamento conturbado, abusivo e reforça que o fim é a melhor solução, por mais que pareça ser difícil.
“Um outro ponto bem relevante na análise é que a realidade de Lily começa a ficar parecida com o relacionamento dos seus pais e isso volta à tona na vida da protagonista. Muitos casos de mulheres, da vida real, é ficar diante de brigas dos pais e se sentir responsável pela família, e não é o papel da mulher. Deixando esse rastro para seus relacionamentos futuros. Muitas ainda pensam que replicar a vida amorosa da mãe pode ser uma saída e não, isso não deve acontecer. Nós somos prioridades de nossas vidas, independente do que nossos pais fizeram ou façam”, explica a psicanalista.
Em paralelo, um amor antigo de Lily chega na história. Aos poucos, a trama conta um pouco sobre essa história antiga. Inclusive, Atlas (Brandon Sklenar) ajuda Lily em muitas situações e decisões atuais de sua vida. É um personagem chave para sua evolução! “A trama traz isso muito diretamente em diversos pontos. A comunicação e o poder de um apoio emocional em situações como em um relacionamento tóxico, por exemplo. Como é no caso de Lily com Atlas”, completa Ana Lisboa.
Mas, a psicanalista acredita que o perdão e a cura, diante dos traumas do passado, é um dos destaques de toda história. Os personagens precisam enfrentar suas dores, aprenderem a perdoar tanto os outros quanto a si mesmos para construir uma nova vida, tanto falando de amor, quanto na vida profissional ou social. “Não é um processo fácil, mas é possível quando existe uma jornada de cura segura. Com apoio sincero, isso fica claro em pontos altos da vida de Lily”, destaca Ana.
E ainda falando da personagem principal, mesmo com seus problemas com os pais - que são inúmeros -, aparição de Ryle, que movimentou muito sua vida, Lily aprendeu, ao longo da história, a aceitar suas imperfeições e a trabalhar sua auto aceitação, longe do que é imposto pela sociedade. Além disso, ela também reflete sobre sua própria jornada, suas descobertas e conquistas, principalmente, quando ela consegue, no começo da história, comprar sua floricultura. “São nessas conquistas e descobertas que a jornada se torna mais clara para a pessoa, dando um significado, evolução e propósito de vida”, finaliza Ana.
Ana Lisboa @analisboa
Psicanalista, líder do maior movimento de Feminino e Mentalidade do Mundo, Ana Lisboa é especialista em construção de comunidades e terapias sistêmicas, sendo pioneira em grandes movimentos na história das Constelações Familiares, tanto no Brasil como na Europa. Atualmente, após impactar milhões de vidas em suas redes sociais e possuir uma comunidade de mais de 32 mil alunas em 41 países, Ana ensina mulheres a usarem sua potência máxima para conquistarem dignidade e liberdade. Professora, Palestrante, Advogada, Empresária, mestranda em Ciências Jurídicas e Sociais, pela Universidade de Lisboa, especialista em Direitos das Mulheres, com quase uma década de aprofundamento nos conhecimentos sistêmicos, é fundadora do Movimento Feminino Moderno e CEO do Instituto Conhecimentos Sistêmicos.
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