E para que as atividades do PEBA aconteçam, a organização abriu uma chamada pública até o próximo sábado (31) para os artistas interessados em compor a programação e o quadro técnico da edição deste ano. Para mais informações sobre o regulamento e critérios, acesse o link da chamada https://forms.gle/wHHUqwPPf3PewuJs5. A estimativa dos organizadores do evento, é que mais de 4 mil pessoas participem das atividades programadas com a contribuição de mais de 160 profissionais entre artistas, produtores, técnicos, curadores e oficineiros, além da geração de mais de 600 empregos indiretos.
Em sua segunda edição esse ano, o Projeto é uma realização do Ministério da Cultura Federal com a produção da Associação dos Produtores de Artes Cênicas e Música de Pernambuco (APACEPE). O PEBA tem como principal objetivo promover um debate profundo sobre a resistência e a vitalidade da cultura brasileira em Pernambuco e na Bahia, utilizando a arte como um poderoso meio de expressão e fortalecimento dessas raízes. É um evento gratuito e transformador de grande relevância para a sociedade, pois contribui para a resistência e visibilidade de todos os fazedores de arte.
“É uma iniciativa que surgiu para dar voz a artistas, ativistas e ao público, através do espaço criado para se discutir arte, vivências, pertencimento e as influências africanas na sociedade”, enfatiza o fotógrafo Sérgio Figueirêdo, um dos idealizadores do PEBA. Desde a primeira edição, realizada em 2022, o Projeto já percorreu 3.200 quilômetros entre os dois estados, alcançando oito municípios, passando por comunidades remanescentes de quilombos, assentamentos, feiras livres e praças públicas até chegar à cidade de Salvador, na Bahia. “A ação envolveu mais de 50 profissionais das vertentes da fotografia e literatura, resultando num impacto significativo, sobretudo, por gerar discussões essenciais sobre arte, cultura, política e resistência”, comenta a pedagoga Williany Amaral.
Frutos do Projeto – Foi a partir da expedição realizada pelo casal de artistas no Quilombo das Águas Claras, em Triunfo, na região quilombola, que foi identificada a necessidade da inclusão digital dos moradores da localidade. "Uma das vertentes do PEBA é contribuir para o desenvolvimento e empoderamento das comunidades afrodescendentes. No caso de Águas Claras, alguns representantes da comunidade já haviam participado de um curso de elaboração de projetos promovido pela Fundarpe e precisavam de um apoio para escrever e viabilizar a inclusão dos projetos culturais nos editais de fomento", enfatiza Figueiredo.
Sem recursos públicos e contando apenas com o networking com empresários recifenses, os organizadores conseguiram o apoio da CMTECH, empresa pernambucana que compõe o parque tecnológico do Porto Digital, que doou 10 computadores usados em bom estado para viabilizar a instalação do 1º Ponto de Inclusão Digital no Quilombo. Sérgio também promoveu uma rifa solidária de um quadro fotográfico de sua autoria onde reverteu todo o valor arrecadado com a venda dos bilhetes para a compra de teclados e mouses.
Com a intervenção dos líderes comunitários do Quilombo, a Prefeitura Municipal de Triunfo arcou com as demais despesas relativas a pintura do local e instalação dos equipamentos. A inauguração do Ponto aconteceu em setembro do ano passado, com um grande evento cultural e festivo que contou com apresentação de grupos de coco de roda, maculelê, da orquestra sinfônica do maestro Izaias Lima, dos caretas de Triunfo e banda de forró pé-de-serra.
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