Para muitos pais e cuidadores, a educação e o apoio emocional são fundamentais para ajudar a criança a florescer em seu potencial único.
De acordo com a Terapeuta Ocupacional da Clínica Ninho, Rebecca Marques, a rotina diária pode ser um desafio para crianças autistas e suas famílias. Por isso, é fundamental que as famílias adotem estratégias práticas para criar um ambiente acolhedor e previsível, minimizando estresses e ansiedades. “Rotinas claras e consistentes proporcionam à criança autista uma sensação de segurança, previsibilidade e controle sobre seu ambiente, o que pode reduzir a ansiedade e promover a autonomia. Os pais podem implementá-las criando horários estruturados, usando calendários visuais e estabelecendo rotinas para atividades diárias”, explica Rebecca.
Os pais podem criar um ambiente dentro de casa no qual a criança tenha alguma identificação, assim, quando a criança houver dificuldade em se auto regular, ela poderá ir para esse lugar onde se sinta mais segura.
Além disso, a questão da acessibilidade dentro de casa é fundamental. De acordo com Rebecca Marques, dependendo da criança, podemos utilizar quadro de rotinas ou pistas visuais, através de desenhos ou fotos da criança de determinada ação. Dando assim uma previsibilidade e melhor compreensão de suas tarefas diárias, mantendo assim a criança regulada no ambiente.
Ainda de acordo com a Terapeuta Ocupacional, é fundamental que a inclusão comece dentro de casa e se estenda para além dos limites familiares.
“À medida que celebramos o Mês Mundial da Conscientização do Autismo, é imperativo reconhecer que a inclusão começa em casa e se estende para além dos limites familiares. Com o apoio amoroso das famílias e o compromisso da sociedade em criar ambientes mais inclusivos, podemos trabalhar juntos para garantir que todas as crianças, independentemente de suas habilidades, tenham a oportunidade de prosperar e contribuir para o mundo ao seu redor”, enfatiza Rebecca.
Terapeuta Ocupacional Rebecca Marques aponta ainda que a criança precisa ser protagonista de suas ações diárias. Para isso funcionar, os pais, cuidadores, e a escola tem que estar sempre em parceria para que a criança com TEA consiga a independência, autonomia e participação social em todos os contextos de desempenho.
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