Em alguns momentos, o paciente pode ter as chamadas crises de ansiedade. Geralmente, essas crises são desencadeadas por algum gatilho, como um medo exagerado ou a sensação de estar em perigo. O sistema nervoso autônomo simpático (SNAS), sentindo-se ameaçado, promove uma série de ações, como a liberação de adrenalina e noradrenalina no sangue, o que coloca o corpo inteiro em estado de alerta, dando início à crise.
Durante esse episódio, que pode durar cerca de 30 ou 40 minutos, acontece uma exacerbação dos sintomas da doença. O ansioso é inundado por pensamentos negativos, dos quais não consegue se livrar. É comum sentir medo de morrer ou de perder o controle, além de falta de concentração, confusão mental e hipervigilância para ameaças.
Os sintomas físicos também são aumentados devido às ações do sistema nervoso. Nesse momento, o paciente com ansiedade tem um aumento no ritmo dos batimentos cardíacos, como consequência da ação da adrenalina. Hiperventilação (respiração altamente ofegante), dificuldade para respirar, dor no peito, sudorese, rigidez muscular, fraqueza e tremores são outras ocorrências comuns durante uma crise.
Uma maneira de fazer a crise acabar é tentar, de alguma forma, distrair-se dos sinais que o corpo apresenta, segundo Giedra Marinho, Psicóloga e professora do Centro Universitário Tiradentes (Unit-PE). Isso porque, quanto mais o paciente volta sua atenção para o que está sentindo e pensando, mais nervoso fica, piorando a situação. “É sempre mais fácil se o ansioso não estiver sozinho, mas é possível tentar focar no ambiente à sua volta, tirando a atenção dos sintomas”, pontua a especialista. Ouvir sons, ver cores, sentir texturas e cheiros. Outra forma é tentar conversar sobre outro assunto, fazendo a mente mudar o foco dos pensamentos, ou fazer exercícios de respiração, na intenção de retomar o controle do corpo.
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