A obesidade infantil é caracterizada pelo excesso de peso em crianças com até 12 anos de idade e pode ser resultado de fatores genéticos e hormonais, má qualidade no sono e fatores comportamentais como alimentação inadequada e baixo gasto de energia. “A doença já é preocupante entre os adultos. Quando acontece na infância, a situação torna-se ainda mais agravante, pois a criança começa a sofrer cedo com problemas na saúde causados pelo sobrepeso. Crianças com obesidade possuem um maior risco de desenvolverem doenças crônicas como diabetes e hipertensão, além de prejudicar a formação do esqueleto, trazendo impacto negativo no desenvolvimento dos ossos, músculos e articulações”, explica o cirurgião bariátrico Sérvio Fidney.
Os registros do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) apontam que, no Brasil, uma em cada três crianças, com idade entre cinco e nove anos, está acima do peso. Segundo a OMS, a prevenção da obesidade infantil está diretamente ligada às mudanças nos hábitos alimentares e a prática de atividades físicas. Por isso, uma reeducação alimentar para toda a família pode ser o passo mais importante para o combate da doença, evitando alimentos ultraprocessados que são ricos em açúcares, sódio, gorduras e conservantes e optando por alimentos com melhores valores nutritivos.
Além disso, é importante o estímulo à prática de exercícios físicos que são fundamentais para todas as etapas do desenvolvimento infantil e auxilia no equilíbrio no balanço energético e na prevenção da obesidade e outras doenças relacionadas. Também é preciso ter cuidado e controle com o tempo de exposição às telas que tendem a gerar um estilo de vida mais sedentário e um maior consumo de alimentos.
“As crianças e adolescentes que sofrem com a obesidade têm apresentado maiores índices de morbimortalidade quando atingem a idade adulta. O combate à obesidade deve se iniciar desde a infância, sendo esta idade de grande importância para adoção de hábitos saudáveis, atuando desde a consciência ao respeito à própria saciedade quanto aos costumes que serão refletidos nos hábitos futuros. A prevenção e o tratamento precoce e eficaz reduz os riscos na idade adulta, além de trazer mais qualidade de vida”, alerta o especialista.
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