Aos 56 anos, a cantora Zélia Duncan está celebrando os seus 40 anos de carreira. Para trazer à tona o seu mais novo sucesso, a artista traz um projeto revisionista, no qual Zélia escolheu transformar suas dúvidas e dores em música.
“Pelespírito” é fruto de um encontro musical profundo com o poeta e produtor pernambucano Juliano Holanda, ao lado de quem Zélia compôs todas as 15 faixas que figuram no disco. “Meu novo encontro com o Juliano foi um acaso. Eu compus com várias pessoas durante esse tempo. Parceiros amados e queridos, como Ana Costa, Xande de Pilares, Lucina, Marcos Valle, Ivan Lins…“, começa.
“Tem sido incrível, mas, num certo momento, eu e o Juliano nos conectamos de uma maneira muito profunda, porque ele teve uma disponibilidade muito grande para mim e vice-versa. Esse álbum também é um diálogo meu com ele, que mora em Recife. A gente não se viu e começou a compor por WhatsApp e a coisa fluiu de uma maneira absurda”, revela Zélia.
“Agora, após um ano e pouco disso tudo, temos experiência com esse sofrimento. Só que ele está virando música, livro, quadro, coreografia, peça teatral. E é isso que nós artistas temos que produzir e inventar todo dia. Porque não é só o fato de não estar trabalhando num palco, encontrando as pessoas, é uma coisa íntima também. No meu caso, isso virou muitas coisas. E uma delas é esse álbum, que é absolutamente especial para mim. Porque é um álbum todo autoral e todo feito com o Juliano Holanda. Ele é um desejo de ser um pequeno documento meu. E eu adoraria que ele pudesse mapear um pouquinho o momento das pessoas também. Porque as músicas têm isso. Elas pertencem a quem as ouve, a quem se apodera delas”, diz a cantora. O trabalho foi gravado entre 2020 e 2021 em vários home studios.
Fonte: Observatório
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