A taxa de desemprego no Brasil caiu para 13,9% no quarto trimestre de 2020, depois de atingir 14,6% no trimestre anterior. Entretanto, a taxa média de desocupação para o ano de 2020 foi de 13,5%, a maior desde 2012. Isso corresponde a cerca de 13,4 milhões de pessoas na fila por um trabalho no país, segundo dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua), divulgada nesta sexta-feira (26) pelo IBGE. Todavia, embora o quadro geral necessite evoluir, há setores que dispõem de margem para crescimento e estão com demanda para contratações.
“Em 2021, continuaremos com o mercado aquecido nas áreas de agronegócio, infraestrutura, logística, tecnologia da informação e saúde”, aponta Fábio Batista, especialista em gestão estratégica de pessoas e professor da Estácio. “Ainda temos um cenário de desemprego, mas é preciso estar extremamente atento a essas principais áreas”, completa.
Um dos setores que tiveram um aumento ainda maior de relevância foi o de e-commerce. Claro, além de todas as áreas correlatas ao uso de internet, como a educação à distância, por exemplo. Buscar espaços nesses campos pode ser uma grande oportunidade para quem está desempregado, como aponta Batista.
“O mercado de trabalho conta com novos processos e metodologias, principalmente na busca de talentos. Além do e-commerce, percebemos um aumento significativo de oportunidades no mercado financeiro, de seguros, de segurança do trabalho. Tem vaga, mas é preciso se preparar”, afirma.
O professor lembra ainda que as possibilidades proporcionadas pelo trabalho remoto também permitiram buscar vagas em outras cidades, estados ou países, dependendo do grau de qualificação. Claro, longe do ambiente corporativo, faz-se necessário desenvolver e aperfeiçoar algumas aptidões.
“O home office veio para ficar. Ao mesmo tempo, isso vai requerer de pessoas uma valorização maior das competências comportamentais que conhecemos com soft skills. O ambiente, de uma forma geral, está mudando. As pessoas estão ganhando mais autonomia e, junto com ela, aumenta o grau de responsabilidade. Isso é uma tendência que não tem mais volta", conclui o docente.
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