quarta-feira, 19 de setembro de 2018

Pela Contramão finca raízes de Mazo Melo

Os percalços da vida deixam marcas que, ao invés de imobilizar, devem servir para dar força para às novas pelejas. Não fosse essa compreensão, o cantor e compositor Mazo Melo, 25 anos de carreira, não estaria lançando “Pela Contramão”, seu primeiro CD autoral, com composições que expõem a força e a espiritualidade de todos que acreditam na persistência.

O lançamento do CD será duplo: dia 21/09 as 20h, no Casato Bistrô (Av. Rui Barbosa, 1503, Jaqueira); e na Passadisco, no dia 26/09, às 19:30h.
O recifense Mazo Melo, 52 anos, começou na música meio que de brincadeira, participando de festas, depois atendendo convites em bares e restaurantes, até fundar a banda Pau Pereira, nos idos dos anos 90. Neste grupo, fez diversas apresentações no Carnaval, São João, Festival de Inverno e em Miami (EUA) e show de abertura para artistas como Zélia Duncan, Marina Lima, Martinho da Vila, Guilherme Arantes.
Atualmente integra a banda Seu Rodolpho, já com um EP gravado e diversas apresentações, entre elas no Teatro de Santa Isabel com Lenine, Zé Renato (Boca Livre), Pedro Luiz, Spok, dentre outros.
Essência – Em “Pela Contramão”, Mazo divide parceria com alguns compositores pernambucanos, mas mantém sua essência. Nas onze faixas gravadas ao vivo em uma granja  em Aldeia, expõe sua alma musical, mesclando ritmos como afoxé, pop e jazz, numa vibração que deixa claro os motivos da sua persistência: a luta pela igualdade, o respeito das minorias e a preservação das raízes locais.
A primeira faixa do CD, “Dá no Mesmo” (Mazo Melo e Dinho PP) já expõe que “tudo é uma questão de fé”.
As cinco composições seguintes são de Mazo Melo com Marcos Varaze. E “Eu e Eu”, um aviso “que o tempo é curto, não tenho tempo, nem dinheiro pras bobagens de plantão”; “A Essência”, um foxtrote que fala dos contrastes e da busca de algo no outro. Já na faixa que batiza o CD “Pela Contramão”, o verso lembra “Santo que é santo não perde a descida, cisca e se embola no chão”; “No silêncio do meu quarto” é uma homenagem à esposa Leila e à filha Nani; “O medo e o morro” traz um lamento da questão social.
Já em “Negro Rei” (Mazo Melo e Lucas Crasto) há esperança no tempo “que é fortaleza, nos fazendo acreditar”. “Na esteira” (Mazo Melo) é um afoxé cheio de ritmo que fala figura da tradicional mulher rendeira do Nordeste.
Com o olindense Don Tronxo, tem “ O que vem do amor vigora” uma canção profunda e sentimental.  A paixão pela escritora chilena Isabel Allende está em “Zaritê”, homenagem ao personagem homônimo do livro “A Ilha sob o Mar”. Para fechar, “Se não é amor”, um canto de pura sensibilidade.
Técnica – Com um time de músicos de primeira linha, conta com Guilherme Eira na guitarra e violão; Eliel Neto no baixo, Zeck Silva na bateria e, na flauta, Leonardo Araújo. Na percussão, João Bani, com exceção de “O Medo e o Morro”, que ficou com Vitamina, que também está em “Negro Rei”, juntamente com Paulinho Bustorff.
Serviço:
Lançamento CD
Quando e onde?
Dia 21/09 às 20h, no Casato Bistrô(Av. Rui Barbosa, 1503, Jaqueira)
Dia 26/09, às 19h30, na Passadisco, (Galeria da Hora,Rua da Hora, Espinheiro).

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