O Cangaço se configura como um dos fenômenos mais
intrigantes da história do povo nordestino. Com duração de quase 80 anos, teve
no Sertão do Pajeú um de seus principais cenários. Esse é o tema central da
obra “ Lampião e o Sertão do Pajeú, do pesquisador e escritor, Anildomá Willans
de Souza, que vai ser lançada no próximo sábado (14/07), às 15h, no Museu Cais
do Sertão, no Recife Antigo.
O evento vai ser marcado por uma verdadeira tarde do
Cangaço. Na ocasião irão acontecer a exibição do curta metragem "Lampião e
o Fogo da Serra Grande", e uma roda de conversa com o escritor e
pesquisador Anildomá Willians de Souza. Para fechar a tarde, haverá a
apresentação do grupo de Xaxado Cabras de Lampião.
Livro - A obra “Lampião e o Sertão do Pajeú”, trás a saga do
Rei do Cangaço dentro de um território ou espaço geográfico – o Sertão do Pajeú
– e de um período do tempo, que inicia quando ele foi empurrado para o cangaço,
a partir da morte do seu pai, em 1920, até sua travessia do Rio São Francisco,
quando deixou pra trás o sertão pernambucano, em 1928, instalando seu reinado
na Bahia e em Sergipe.
O autor foi buscar depoimentos de ex-cangaceiros e
ex-volantes, além de declarações de pessoas que testemunharam algum fato ou
passagens de Lampião e seus cangaceiros, narra as cidades, vilas e fazendas que
foram invadidas ou visitadas pelo bando, os memoráveis tiroteios, seus
protetores, que forneciam armas e munições, matérias de jornais da época
noticiando as peripécias do distante sertão, Boletins de Ocorrências e
telegramas trocados entre os comandantes de polícia do interior e as
autoridades da capital dando notícias dos movimentos dos cangaceiros. O livro
tem 210 páginas, com muitas histórias e emoções.
Para o pesquisador e autor, Anildomá Willans, o livro
“Lampião e o Sertão do Pajeú” preenche uma importante lacuna na extensa
bibliografia lampiônica. “É um pedaço de Lampião que está sendo resgatado. O
Pajeú dos homens bravos, da poesia dos repentistas, dos cantadores, das belas
mulheres, do rio mágico que aguça inspiração universal, e é também referência
na construção mitológica: do menino Virgolino ao Capitão Lampião”, declara
Anildomá.
O livro “Lampião e o Sertão do Pajeú” pode ser adquirido no
Museu do Cangaço (Vila Ferroviária - antiga estação de trem - , S/N - São
Cristovão, Serra Talhada); na Casa da Cultura de Serra (Praça Sérgio, São
Cristovão, s/n, Centro), como também através dos números: (87) 3831 3860 e (87)
99918 5533, ou pelo e-mail: lampiaoeosertaodopajeu@gmail.com.
O autor
Anildomá Willans de Souza nasceu e se criou no Sertão do
Pajeú. Seu trabalho de pesquisa tem a precisão e a delicadeza que somente
alguém nascido nas mesmas ribeiras do Rei do Cangaço teria para contar.
Inclusive, a forma de “contar a história” é uma singularidade do autor,
permitindo ao leitor sentir o cheiro do mato, o calor sertanejo, como se
estivesse ali, no meio dos cangaceiros, testemunhando o fato histórico.
Serviço: Lançamento da obra “Lampião e o Sertão do Pajeú”
Quando: Sábado (14/07)
Horário: 15h
Local: Museu Cais do Sertão, na Av. Alfredo Lisboa, s/n, no
Recife Antigo
Entrada Gratuita
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