O alto índice de colesterol proporciona inúmeros problemas para a saúde, sendo o infarto um dos mais comuns. De acordo com dados da Secretaria de Estado da Saúde, até o mês de julho de 2017, 1.872 pessoas morreram no estado vítimas de problemas cardiovasculares e, destes, 915 faleceram devido ao infarto. Além disso, a análise afirma que, na Paraíba, apenas em 2016 foram registrados mais 4.600 óbitos devido a cardiopatias. Como forma de prevenção, foi criado o Dia Nacional de Combate ao Colesterol, comemorado nesta terça (08).
Apesar do colesterol contribuir para o desenvolvimento dessas doenças, ele é fundamental para o equilíbrio e saúde do organismo, como explica a nutricionista do Hapvida Saúde, Maria Cristina Câmara. “Nosso corpo usa o colesterol para produzir alguns hormônios, tais como vitamina D, testosterona, estrógeno, cortisol e ácidos biliares que ajudam na digestão das gorduras. Aproximadamente 70% do colesterol é produzido pelo nosso próprio organismo, no fígado, enquanto o restante é proveniente da dieta”, afirma.
Por esse fator, a especialista destaca que o problema se instala no organismo quando o nível do colesterol ultrapassa o permitido. “Se os níveis de LDL forem altos e os de HDL, que é um fator protetor, estiverem baixos, há risco de doenças cardiovasculares, como a arteriosclerose, que é um problema que resulta do acúmulo de placas de gordura no interior das artérias, obstruindo-as e impedindo que haja o normal fluxo sanguíneo”, esclarece a nutricionista.
Como a elevação dos níveis é silenciosa, a recomendação é fazer os exames sanguíneos regularmente para evitar que o problema passe despercebido. Além disso, a nutricionista ressalta que histórico familiar apresenta risco, bem como sedentarismo, tabagismo e hipertensão arterial.
Sendo assim, o ideal para manter os níveis de colesterol na medida adequada é a aliar uma rotina de atividades físicas com boa alimentação. “Aliado a outras medidas, podemos manter níveis adequados com consumo de fitoesterois, os quais atuam competindo com a absorção do colesterol, como: o azeite, oleaginosas, leguminosas. Assim como, fibras solúveis (aveia, maçã); ômega 3, presente em peixes como o atum e a sardinha, em nozes e linhaça; probióticos, que também reduzem a absorção do colesterol; e reduzir o estresse oxidativo das células por meio de antioxidantes presentes em frutas e vegetais”, recomenda Maria Cristina Câmara.
Nenhum comentário:
Postar um comentário