Ao longo do século XIX, a quadrilha se
popularizou no Brasil e se fundiu com danças brasileiras
pré-existentes e teve subsequentes evoluções. Ainda que
inicialmente adotada pela elite urbana brasileira, esta é uma dança
que teve o seu maior florescimento no Brasil rural (daí o vestuário
campesino), e se tornou uma dança própria dos festejos juninos,
principalmente no Nordeste.
A partir de então, a quadrilha, nunca
deixando de ser um fenômeno popular e rural, também recebeu a
influência do movimento nacionalista e da sistematização dos
costumes nacionais pelos estudos folclóricos.
No entanto, hoje em dia, essa
artificialidade rural é vista pelos foliões como uma atitude
lúdica, teatral e festiva, mais do que como a expressão de um ideal
folclórico, nacionalista ou acadêmico qualquer.
Os participantes da quadrilha, vestidos
de matuto ou à caipira, como se diz fora do Nordeste, executam
diversas evoluções em pares de número variável. Em geral o par
que abre o grupo é um "noivo" e uma "noiva", já
que a quadrilha pode encenar um casamento fictício. Esse ritual
matrimonial da quadrilha liga-a às festas de São João europeias
que também celebram aspirações ou uniões matrimoniais. Esse
aspecto matrimonial juntamente com a fogueira junina constituem os
dois elementos mais presentes nas diferentes festas de São João da
Europa.
Nenhum comentário:
Postar um comentário