O Museu
Cais do Sertão, espaço cultural que reproduz o ambiente sertanejo num velho
armazém do Porto do Recife, será inaugurado às 20h desta quinta-feira (3).
Localizado na Avenida Alfredo Lisboa, no Bairro do Recife, Centro da capital
pernambucana, a área de lazer presta homenagem ao sanfoneiro Luiz Gonzaga (1912-1989)
e estará aberta ao público a partir da sexta-feira (4).
Isa
Ferraz, responsável pela curadoria e direção de criação do museu, avisa que uma
visita sem pressa, contemplando cada cantinho, pode ser feita em duas horas. O
Cais do Sertão, instalado no Armazém 10 do Porto do Recife, funcionará às
terças-feiras, das 14h às 21h e da quarta-feira ao domingo, das 10h às 17h. Faz
parte do projeto Porto Novo Recife, que prevê a reocupação dos galpões da área
não operacional do Porto.
O
ingresso custa R$ 4 (meia) e R$ 8 (inteira), com gratuidade para crianças até 6
anos, pessoas com 60 anos ou mais, professores e profissionais das áreas de
museu e turismo. Estudantes e jovens até 24 anos (com documento para comprovar
a idade) pagam meia.
No
local, além de objetos de arte e utensílios que retratam o cotidiano do homem
sertanejo, há 50 tablets para pesquisa sobre a obra de Luiz Gonzaga, com letras
de músicas que ele gravou e escreveu com parcerias. O visitante também poderá
brincar de cantor no karaokê sertanejo, cabines que têm as paredes forradas com
lambe-lambe de partituras de músicas.
“Temos
20 canções no karaokê, a pessoa pode cantar, gravar e enviar por e-mail”, diz
Isa Ferraz. Numa sala equipada com instrumentos musicais, é possível ter noções
básicas de sanfona, zabumba e triângulo, com a ajuda de três monitores. Cabem
30 pessoas por vez, informa.
Todos os
ambientes fechados têm paredes de material transparente, para estimular a
convivência. “Estamos usando a tecnologia a serviço das pessoas”, declara Isa Ferraz.
Para criar e montar o Museu Cais do Sertão, ela levou três anos de trabalho,
com uma equipe multidisciplinar.
Objetos
cedidos pela Fundação Joaquim Nabuco – lamparinas, jarras, carrancas, tábua de
pirulito e peças de mestre Vitalino – também compõem a mostra, assim como
brinquedos, bonecos elétricos de Solon Mendonça e um painel com 60 desenhos de
J. Borges, que reproduz cenas de migração do nordestino, por causa da seca.
“A
tecnologia antiga é tão valorizada quanto as novas tecnologias no museu”,
destaca Isa Ferraz. O juazeiro (árvore característica da Caatinga nordestina)
transplantado de Garanhuns (Agreste de Pernambuco) e colocada na praça em
frente à entrada do Cais do Sertão está seca, mas ainda não pode ser
considerada uma árvore morta. Fonte: JC
Nenhum comentário:
Postar um comentário