A expectativa do mercado financeiro é de que esses números continuem crescendo, com mais pessoas sendo atraídas ao mercado de capitais — mas para quem pretende começar a investir, é essencial ter um conhecimento não apenas do mercado e das opções de investimento disponíveis, mas do próprio perfil de investidor.
"O primeiro passo para quem vai investir é fazer o teste de perfil de investidor. Esse teste mede sua tolerância ao risco, seu prazo de investimento e seus objetivos financeiros", explica Carlos Lopes, especialista em Renda Fixa da SIR Investimentos.
Segundo Lopes, existem três perfis principais de investidor: conservador, moderado ou arrojado. "Se você prefere estabilidade e dorme tranquilo com ganhos menores, é conservador. Se aceita algumas variações em busca de retornos melhores, é moderado. Já se tolera oscilações maiores, pensando no longo prazo, é arrojado", explica.
De acordo com pesquisa realizada pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM) do Governo Federal, a maior parte dos investidores brasileiros se encaixa nos perfis arrojado (52%) e moderado (36%), com apenas 9% se enquadrando no perfil conservador. Isso não significa, entretanto, que o investidor brasileiro abriu mão da segurança na hora de investir seu dinheiro.
"Segurança e conservadorismo se relacionam, mas não são a mesma coisa", pondera Carlos Lopes. "Ser conservador significa ter menos tolerância ao risco, ou seja, preferir investimentos mais estáveis e previsíveis, mesmo que rendam menos. Já segurança diz respeito à proteção do patrimônio — que é algo que todos os investidores, inclusive os mais arrojados, também buscam", complementa.
Conforme o especialista, mesmo o perfil conservador dispõe de opções interessantes com retorno proporcional, como a renda fixa, por exemplo. Por outro lado, investidores mais dispostos a arriscar devem agir sempre com segurança e estratégia, acompanhados preferencialmente de uma assessoria especializada que indique o melhor caminho a seguir.
"Ter um perfil arrojado não significa correr riscos de forma irresponsável. Mesmo quem investe em bolsa, por exemplo, precisa de uma base segura — como uma reserva de emergência, ou parte da carteira em renda fixa para dar estabilidade. Segurança e rentabilidade não são opostos — são lados que precisam caminhar juntos para construir resultados consistentes no longo prazo", finaliza Carlos Lopes.

Nenhum comentário:
Postar um comentário