O sedentarismo é um dos grandes desafios de saúde pública no Brasil. Em contrapartida, a corrida de rua tem conquistado milhões de adeptos e se consolidado como uma das práticas mais acessíveis e transformadoras para o corpo e para a mente. No entanto, especialistas reforçam que a orientação de um Profissional de Educação Física é fundamental para garantir segurança e resultados.
O cenário esportivo brasileiro mostra uma tendência clara: a corrida de rua está em crescimento acelerado. Segundo o relatório Strava Tendências de Esportes 2024, o número de clubes de corrida aumentou 109% no último ano. Somente em 2023, foram realizadas cerca de 150 mil provas no país, com alta de 13% no número de participantes em relação ao ano anterior. Hoje, estima-se que o Brasil já conte com aproximadamente 13 milhões de corredores, o que reforça a popularização do esporte.
Para o Profissional de Educação Física e especialista em corrida de rua, Antonio Arruda (CREF 002643-G/PE), o crescimento reflete uma mudança de comportamento, mas também exige atenção redobrada. “Seguir parado é deixar de viver em plenitude. A corrida traz movimento, saúde e autoconfiança para todos aqueles que decidem calçar um tênis e dar o primeiro passo”, afirma. Ele explica que os benefícios da prática vão desde o emagrecimento até a melhora da saúde cardiovascular, passando ainda pelo fortalecimento muscular, maior qualidade do sono e equilíbrio emocional.
Antonio Arruda destaca que a corrida é eficiente no combate ao sedentarismo, auxilia na queima de gordura corporal e contribui para a prevenção de doenças crônicas como hipertensão e diabetes. Além dos ganhos físicos, os efeitos emocionais também são marcantes. “A corrida proporciona clareza de mente. Ao mesmo tempo em que exige esforço físico, ela traz paz interior, concentração, melhora da autoestima e alívio do estresse”, completa.
Apesar dos inúmeros benefícios, o especialista alerta para os riscos da prática sem acompanhamento profissional. Com a popularização de planilhas disponíveis em aplicativos, sites e redes sociais, muitos corredores acabam seguindo orientações sem respaldo técnico. “Apenas o Profissional de Educação Física tem a formação necessária para prescrever, orientar e ajustar um treino de corrida ou qualquer outra atividade física. Seguir dicas de pessoas sem qualificação pode trazer sérios riscos, desde lesões até problemas cardíacos”, reforça.
Segundo ele, fatores como pace (ritmo), tipo de pisada e indicadores fisiológicos, como o VO2 máx, precisam ser analisados individualmente, a fim de adequar o treino ao perfil e às condições de cada praticante. “Quando a orientação é feita de maneira correta, a corrida se torna segura, eficiente e prazerosa. O contrário, no entanto, pode levar ao abandono da prática e até a complicações graves”, alerta Arruda.
A recomendação é que iniciantes comecem de forma gradual, intercalando caminhada e corrida, e aumentem o ritmo progressivamente, sempre com acompanhamento profissional. Como conclui Arruda: “Correr é investir no aqui e agora no seu corpo, no seu sono, na sua mente. Mas é um investimento que precisa de orientação qualificada para realmente trazer retorno em saúde e qualidade de vida”.
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