sexta-feira, 1 de novembro de 2024

Novembro Vermelho alerta para a prevenção do câncer de boca



O câncer de boca é uma das formas mais incidentes de câncer no Brasil com prevalência em homens acima dos 40 anos. A campanha Novembro Vermelho vem para reforçar a importância da prevenção e do diagnóstico precoce dessa doença silenciosa.
Manchas brancas, feridas que não cicatrizam, sangramentos e dificuldade de mastigar ou engolir podem ser os primeiros indícios. Segundo o Instituto Nacional de Câncer (INCA), mais de 15 mil novos casos são estimados para cada ano do triênio 2023/2025, com muitos sendo descobertos em estágios avançados, dificultando o tratamento.



“O câncer de boca é um tumor maligno que pode afetar várias regiões da boca, como gengivas, bochechas, palato e a língua. Geralmente, ele se desenvolve de forma silenciosa, sendo assintomático em estágios iniciais. Por isso, é fundamental fazer consultas regulares com um cirurgião dentista para a prevenção do câncer de boca, pois, ao realizar uma inspeção mais atenciosa da boca, o profissional pode identificar as lesões cancerígenas de forma precoce”, explica a cirurgiã bucomaxilofacial e doutora em cirurgia e traumatologia bucomaxilofacial Taciana Abreu, coordenadora da residência de cirurgia bucomaxilofacial do Hospital Getúlio Vargas (HGV-PE). 


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Quais os sinais do câncer de boca?



Manchas brancas


Feridas que não cicatrizam


Sangramento


Rouquidão persistente


Caroços no pescoço


Dificuldade de mastigar ou engolir



“É preciso estar alerta para as feridas na boca que persistem por mais de quinze dias, ainda que não dolorosas. Esses sinais podem não confirmar o diagnóstico de câncer, mas devem ser investigados o mais rápido possível”, destaca a especialista Taciana Abreu, que é sócia da CIEB Implantar Saúde. 



Fatores de risco para o câncer de boca



Utilização de produtos derivados do tabaco


Consumo frequente de bebidas alcoólicas


Exposição excessiva ao sol sem proteção 


Contaminação pelo papilomavírus humano (HPV) relacionada ao câncer de orofaringe


Ferimentos na boca que não cicatrizam devido a traumatismo crônico provocado por próteses mal adaptadas ou dentes e restaurações fraturadas com bordas cortantes



O câncer de boca também pode estar relacionado com o uso de próteses folgadas. “Próteses mal adaptadas com grampos que provoquem ferimentos leves e constantes, ou ainda, a presença de áreas traumáticas, como restaurações defeituosas e dentes pontiagudos causados por fraturas ou desgaste natural, podem repercutir em lesões crônicas com traumas de baixa intensidade e longa duração e, posteriormente, evoluírem para um câncer de boca”, aponta a especialista em prótese dentária Joseane Vaz, mestre em reabilitação oral pela São Leopoldo Mandic, Campinas/SP.



Cigarro eletrônico também pode causar câncer de boca?


Sim. Apesar de parecer menos prejudicial, os produtos utilizados para produzir o vapor do cigarro eletrônico contêm nicotina e outras substâncias tóxicas que, além de causarem dependência, provocam alterações no DNA das células da boca e do trato respiratório, elevando o risco de desenvolvimento de tumores. Vale lembrar que outros produtos derivados do tabaco, como charuto, cachimbo, fumo de rolo, rapé e narguilé também compartilham dos mesmos riscos”, alerta Joseane Vaz, sócia da CIEB Implantar Saúde.



O câncer de boca tem cura?



Sim. Principalmente se diagnosticado e tratado nas fases iniciais.


As especialistas chamam atenção para a importância de iniciar o tratamento do câncer de boca de forma precoce. “O diagnóstico do câncer em estágio avançado, principalmente quando há a presença de linfonodos no pescoço, pode ocasionar metástases.Por isso, realizar consultas regulares com uma cirurgiã dentista é essencial para a prevenção do câncer de boca, principalmente se você é ou já foi fumante. Durante uma avaliação detalhada, o profissional pode identificar precocemente lesões suspeitas, o que aumenta as chances de sucesso no tratamento”, enfatizam as especialistas Dra. Joseane Vaz e Dra. Taciana Abreu, da CIEB Implantar.



Joseane Vaz é especialista em endodontia e reabilitação oral, que inclui prótese removível, prótese fixa e sobre implantes. Mestre em reabilitação oral pela São Leopoldo Mandic, Campinas/SP.



Taciana Abreu é cirurgiã dentista implantodontista e doutora em Cirurgia e Traumatologia Bucomaxilofacial pela Universidade Federal de Pernambuco (UFPE). Coordena a residência de cirurgia bucomaxilofacial do Hospital Getúlio Vargas (HGV-PE). 

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