Verdade. Segundo a especialista, o estresse pode sim provocar queda temporária dos fios, em um quadro chamado eflúvio telógeno. “Esse tipo de queda acontece quando há um desequilíbrio no ciclo capilar, geralmente após momentos de grande estresse físico ou emocional. O fio entra na fase de queda antes do tempo e, por isso, o paciente percebe um volume maior de cabelos no travesseiro, escova ou banho”, explica a Dra. Marcia.
Mito. A médica destaca que o estresse, isoladamente, não causa calvície. “A queda temporária ligada ao estresse é diferente da alopecia androgenética, conhecida como calvície, que tem fatores genéticos e hormonais envolvidos. No eflúvio, os fios voltam a crescer depois que o gatilho é controlado. Já na calvície, há um afinamento progressivo e definitivo dos fios”, afirma.
De acordo com a Dra. Marcia, alguns sinais ajudam a diferenciar os quadros. “Na queda temporária, o paciente costuma relatar uma perda difusa, ou seja, em todo o couro cabeludo, sem falhas localizadas. Já a calvície geralmente começa em áreas específicas, como entradas e topo da cabeça nos homens, e rarefação difusa no topo do couro cabeludo em mulheres”, explica.
A especialista reforça que procurar um médico é fundamental para identificar a causa da queda. “Nem toda queda de cabelo significa calvície, e nem sempre está ligada ao estresse. Pode haver deficiências nutricionais, doenças autoimunes ou alterações hormonais envolvidas. Por isso, o diagnóstico correto é essencial”, alerta.
Segundo a tricologista, cuidar do corpo como um todo é a melhor estratégia. “Manter uma rotina equilibrada, com sono de qualidade, alimentação rica em nutrientes, prática regular de atividade física e manejo do estresse faz diferença para a saúde capilar. Além disso, ao perceber queda persistente, o paciente deve procurar ajuda especializada”, orienta.

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