Capa de Onde Morre o Vento, de Renné França. Ilustração: Duda Oliva | © SM Educação
O romance juvenil Onde Morre o Vento, estreia de Renné França na literatura infantojuvenil, é uma surpreendente narrativa com elementos de fantasia que combina aventura, suspense e imaginário popular brasileiro. No centro da trama estão os irmãos gêmeos Beatriz e Bartolim, de 14 anos, cujos destinos se entrelaçam em uma jornada arriscada para salvar a família de uma dívida. Quando o irmão sofre um acidente, Beatriz assume seu lugar e se embrenha, junto do amigo Zé Fredo e guiada pelo astuto Romãozinho, em uma mata sombria e mítica, povoada por seres como Caruara, Corpo-Seco, guarás e tutus. Nessa jornada transformadora, repleta de mistérios e aventuras, Beatriz descobre sua força e sua identidade.
O autor, roteirista, cineasta e professor de Cinema e Audiovisual é adepto de obras que unam o real e o fantástico a uma linguagem visual marcante, como é o caso dessa sua obra que, segundo ele, trata-se de “uma narrativa que fala sobre coragem, mas também sobre o poder das histórias e da imaginação como forma de resistência”.
Ainda segundo França, foi uma honra e uma surpresa ter sido o vencedor de um prêmio tão tradicional e importante no meio literário. “É uma alegria ter o livro publicado por uma editora como a SM, que fará com que essa história chegue a muito mais pessoas do que eu poderia um dia imaginar. O livro é sobre jornadas e encontrar nossos caminhos, e a existência de premiações como o Barco a Vapor é, muitas vezes, o que possibilita que esses caminhos sejam abertos, que sonhos sejam realizados e que personagens os quais só existiam na imaginação do escritor, ganhem vida. Nossas criações são únicas, e o Barco a Vapor permite que se jogue luz sobre elas; no meu caso, permitiu fazer a travessia de uma margem à outra: dos escritos no interior de Goiás para o livro impresso em todo o Brasil”, enfatiza o autor.
Importância do prêmio
Para Carla Domingos, analista de Projetos Sociais e representante da Fundação SM, o impacto deste prêmio vai além do mundo literário. “O Barco a Vapor contribui diretamente para o desenvolvimento da educação no Brasil, porque estimula a leitura como ferramenta de transformação. Cada nova obra publicada amplia o acesso das crianças e jovens à literatura de qualidade, despertando neles o gosto pela descoberta, pela sensibilidade e pela imaginação”, ressalta Carla.
A gerente editorial de Literatura Infantil e Juvenil da SM Educação, Graziela Ribeiro dos Santos, afirma que o prêmio é importante incentivo à produção literária nacional, bem como relevante fomento à leitura, ampliando a circulação de textos literários de qualidade para as diversas infâncias e juventudes em uma coleção histórica de formação leitora, como é a Barco a Vapor, reafirmando nosso entendimento da literatura como humanizadora e como um direito inalienável. “Do ponto de vista da estrutura do prêmio, destaco como diferencial o anonimato dos textos inscritos; ou seja, os jurados avaliam os textos sem ter conhecimento de quem os escreveu, o que proporciona a autores estreantes concorrerem em pé de igualdade com autores consagrados. Nessas mais de duas décadas do prêmio no Brasil (o prêmio também está presente em outros países onde o Grupo SM atua) vários autores foram revelados pelo concurso, sejam ganhadores ou finalistas”, enfatiza Graziela.
A 21ª edição recebeu cerca de 800 textos de diversas regiões do país. Os textos passam por uma seleção criteriosa em duas etapas, avaliados por uma comissão diversa, composta por escritores, críticos, educadores e profissionais do livro. O autor ou a autora do texto vencedor, além de ter sua obra publicada pelo selo editorial SM Educação, recebe R$ 40 mil como prêmio e tem seu livro distribuído nacionalmente na coleção Barco a Vapor.
Sobre Renné França
Renné França nasceu em Sete Lagoas (MG) e vive há mais de uma década em Goiás. Formado em Comunicação Social pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), onde também concluiu mestrado, doutorado e pós-doutorado, Renné construiu uma carreira multifacetada, transitando entre a literatura, o cinema e o audiovisual. É professor de Cinema e Audiovisual, apresentador do podcast “1999: o grande ano do cinema”, além de roteirista e criador de séries de TV. Também é diretor do longa-metragem Terra e Luz e autor dos livros Introdução ao roteiro para cinema e Cine Killer. Com passagem pelo jornalismo e pela crítica cinematográfica, o autor revela em sua escrita um olhar sensível e visual sobre as narrativas. Pai de Antônio, com quem compartilha o gosto por universos de fantasia, Renné estreia na literatura infantojuvenil com Onde Morre o Vento, obra que confirma seu talento para unir imaginação, emoção e identidade brasileira em uma só história.
Sobre o Prêmio
Concebido pela Fundação SM Espanha em 1978, o prêmio Barco a Vapor integra uma ampla iniciativa internacional de fomento à leitura e à produção literária, estando presente nos seguintes países onde o Grupo SM atua: Espanha, Brasil, Chile, México, Porto Rico e República Dominicana. É uma das principais vitrines da literatura infantojuvenil contemporânea, revelando nomes que hoje figuram entre os grandes autores do gênero.
No Brasil existe há mais de vinte anos, premiando obras literárias de ficção nos gêneros romance e novela para o público infantil e juvenil.
Sobre a Fundação SM
A Fundação SM nasceu em 1977 na Espanha. Além de Europa e Brasil, tem forte atuação no Chile, México e Porto Rico. Em 2024, desenvolveu 34 projetos nessas regiões, com a participação de aproximadamente 25 mil professores em sessões de capacitação. Nas atividades de incentivo à leitura, mais de 15 mil crianças estiveram presentes. No Brasil, outros programas também são realizados pela fundação para promover a leitura. O projeto Biblionautas é um exemplo, como uma ação de voluntariado que leva leitura dialógica e rodas de conversa literária a crianças da educação infantil e do ensino fundamental.
Serviço:
Cerimônia de Premiação - 10 de dezembro, às 19 horas
www.youtube.com/FundacaoSMBrasil
https://www.instagram.com/fundacaosm/

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