O município de São Benedito do Sul, na Mata Sul de Pernambuco, sediou, no final de setembro, o VI Festival de Teatro e Dança Terra das Águas Sagradas – Festeraguas. A programação contou com apresentações artísticas, debates e oficinas. Os participantes concorreram em 20 categorias de premiação, cada uma batizada em homenagem a personalidades que marcaram a história das artes cênicas.
Com um formato voltado especialmente ao teatro, à dança e à música, o festival também abriu espaço para a literatura, o artesanato e as artes plásticas, reunindo artistas e visitantes de diversas regiões de Pernambuco e de outros estados. As atividades foram distribuídas em diferentes polos, como a Rua do Campo, o Teatro Carmelita Pereira, o Palácio das Artes, além de pontos de cultura e cineclubes.
Em 2025, o VI Festeraguas teve como lema “Colheita de uma semeadura profícua, com foco na cultura, na autonomia e no protagonismo popular”. O evento foi realizado pelo produtor cultural Benedito José Pereira (Didha Pereira), com incentivo do Funcultura, Fundarpe, Secretaria de Cultura e Governo de Pernambuco.
Nesta edição, o festival prestou homenagens póstumas aos artistas Arary Marrocos e Argemiro Pascoal. A comissão julgadora, composta por Carmelita Pereira, Mônica Holanda e Leno Pereira — atrizes, ator e produtores culturais com reconhecida trajetória nas artes cênicas — foi responsável pela escolha dos premiados nas 20 categorias.
Vencedores (1º lugar)
Melhor Espetáculo – Teatro Adulto – Prêmio Marcus Siqueira
“Esquecidos por Deus”, do coletivo Gaby Nunes.
Melhor Espetáculo – Teatro para Infância e Juventude – Prêmio André Filho
“Um Menino num Rio Chamado Tempo”, do coletivo NUPETI.
Melhor Espetáculo – Dança – Prêmio Mestre Nascimento do Passo
Não houve indicação.
Melhor Diretor – Teatro Adulto – Prêmio Nazareno Petrucio
José Manoel, com “Esquecidos por Deus”.
Melhor Diretor – Teatro para Infância e Juventude – Prêmio João Falcão
Miro Ribeiro, com “Um Menino num Rio Chamado Tempo”.
Melhor Coreógrafo – Prêmio Fred Salim
Como não houve indicações na categoria, e considerando a qualidade técnica das coreografias do espetáculo A Menina Margarida, o prêmio foi concedido ao coreógrafo da obra.
Melhor Ator – Prêmio João Batista
Murilo Freire, com “Esquecidos por Deus”.
Melhor Atriz – Prêmio Diná de Oliveira
Sofia Vilela, premiada por unanimidade.
Melhor Bailarino/Dançarino – Prêmio Raimundo Branco
Mestre José Carlos, premiado por unanimidade.
Melhor Bailarina/Dançarina – Prêmio Mônica Japiassu
Mestra Maria da Glória, premiada por unanimidade.
Melhor Ator Coadjuvante – Prêmio Sílvio Pinto
João Pedro, com “Menina Margarida”.
Melhor Atriz Coadjuvante – Prêmio Ivonete Melo
Juraci Vicente, com “Olinda, Holanda, Simplesmente Linda”.
Melhor Cenografia – Prêmio Antonio Roosevelt
“Um Menino num Rio Chamado Tempo”, de Miro Ribeiro (Coletivo NUPETI).
Melhor Iluminação – Prêmio Miguel Ângelo
“Um Menino num Rio Chamado Tempo”, de Wriel Arruda (NUPETI).
Melhor Trilha Sonora – Prêmio Erickson Luna
“Um Menino num Rio Chamado Tempo”, de Everton de Areia.
Melhor Figurino – Prêmio Antonio Moreira
“Guerreiros de São Benedito”, de José Carlos.
Melhor Maquiagem – Prêmio Jô Ribeiro
“A Divina e o Esplendor”.
Melhor Texto – Prêmio Vital Santos
“Quando a Verdade se Confessa”, de Carlinhos Fernandez.
Prêmio Especial Argemiro Pascoal
Sebastião Simão, pelo trabalho desenvolvido com bonecos.
Prêmio Especial Anita Batista
Arary Marrocos, pelo conjunto de sua obra.
Mais do que uma mostra artística, o Festeraguas consolidou-se como um espaço de formação, reconhecimento e celebração da identidade cultural pernambucana. A cada edição, o festival reafirma a força das expressões populares e o papel transformador da arte no desenvolvimento das comunidades da Mata Sul.

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