“Pouso é o início de um caminho e, ao mesmo tempo, a sensação de chegada. Depois de um tempo de silêncio, rascunhos e buscas, encontrei um lugar para aterrissar as ideias que estavam no ar. É o meu primeiro EP, mas também uma metáfora sobre me permitir parar, respirar e transformar sentimentos em música”, explica Adriana.
Com produção musical de CARLO (Iglu Estúdio), o projeto transita entre o neo-soul, o R&B e atmosferas da nova MPB, criando paisagens sonoras que mesclam delicadeza e potência. As composições nasceram de fragmentos do cotidiano — anotações soltas, notas de voz, sensações — conectadas por um fio condutor que atravessa todo o EP: a ideia de travessia e recomeço.
A faixa que dá nome ao EP simboliza o desejo de aterrissar em um lugar escolhido pela própria artista, e não num destino imposto. “Tá na hora de lavar a alma, deixar a água chegar devagar”, canta Adriana, evocando o elemento da água como símbolo de movimento e cura, presente em toda sua poética. A letra fala também sobre escuta interna, direção e autocuidado: “Minha rosa dos ventos só tem uma direção”, diz em um dos versos.
O EP reúne canções bilíngues, com letras em português e inglês, e amplia as referências da artista, que cita inspirações que vão de paisagens naturais ao soul contemporâneo. Ao longo das faixas, Adriana constrói um universo íntimo e ao mesmo tempo expansivo, que convida o ouvinte a mergulhar em processos de transformação com leveza, verdade e coragem.
“Mais do que um conjunto de músicas, Pouso é um registro de um momento muito verdadeiro da minha vida. Espero que, ao ouvir, cada pessoa também possa sentir esse pouso dentro de si”, finaliza.

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