segunda-feira, 11 de agosto de 2025

Exposição gratuita que transforma vidas em cordel e xilogravura chega ao Recife após 5 estados e 80 mil visitantes



Com patrocínio oficial da Petrobras, Vidas em Cordel, no Cais do Sertão, terá obras inéditas sobre Paulo Freire e nomes locais - cocriadas por pernambucanos - e cabine interativa para visitantes

A singularidade da história de cada pessoa é percebida enquanto patrimônio da humanidade e traduzida em arte sob a sagacidade do cordel na reflexão proposta por uma exposição desembarcada no Recife após percorrer cinco estados e atrair mais de 80 mil visitantes presencialmente e outros 190 mil online. “Vidas em Cordel”, promovida pelo Museu da Pessoa e com patrocínio oficial da Petrobras, costura a literatura popular ao ofício da xilogravura para retratar, em versos e imagens, indivíduos célebres ou anônimos cujas trajetórias incríveis ressoam e dignificam a pluralidade da cultura, do pensamento e do modo de ser do brasileiro. As obras ocupam a sala Todo Gonzaga, no 2ª andar do Centro Cultural Cais do Sertão (Recife Antigo), a partir do dia 15 de agosto e ficam acessíveis ao público gratuitamente até 15 de dezembro, com visitas das 10h às 16h (terça a sexta) e das 11h às 17h (sábados e domingos).



A edição sediada em Pernambuco mantém a tônica de incorporar nomes locais ao conjunto de histórias retratadas anteriormente - como Ailton Krenak, com “O Rio da Memória”, e Krystyna Drosdowicz, com “A Guerrilheira que Enganou os Nazistas” - e adiciona à exposição quatro expoentes do estado: o educador e patrono da educação brasileira, Paulo Freire (1921-1997), o músico, poeta, compositor, cantor e escultor Di Melo, o Imorrível, a coquista e patrimônio vivo Ana Lúcia do Coco e uma das principais responsáveis pela preservação e difusão dos cordéis no Brasil, a editora Aninha Ferraz, da editora e produtora cultural Coqueiro.



O quarteto tem histórias de vida transformadas em cordel pelas palavras de um grupo de artistas com relevo junto à literatura popular: os pernambucanos Jorge Filó, poeta, Susana Morais, cordelista, e Isabelly Moreira, poetisa - trinca acompanhada pelo professor Marco Haurélio e o contador de histórias e escritor Jonas Samaúma, ambos do trio de curadores da mostra. As xilogravuras são assinadas pela artesã Maria Edna da Silva, oficineira Catarina Dantas, pelo artista plástico e ícone dos quadrinhos Jô Oliveira e pelo multiartista Valdeck de Garanhuns, todos do estado, além da xilogravadora, pesquisadora em cultura popular e curadora da exposição Lucélia Borges. O time de artistas locais se junta a dezena de colegas de outros pontos do país integrados à exposição em dois anos de itinerância - completados agora, com a edição em Pernambuco.



A primeira oficina oferecida pela exposição e aberta ao público será “História Gravada”, no dia 16, das 13h às 16h, ministrada por Lucélia Borges. A atividade propõe uma introdução à técnica milenar de criação e reprodução de imagem na madeira - a xilogravura -, com foco na imagética dos contos da tradição oral e elementos que dialogam com o imaginário presente nas histórias de vidas da exposição. Serão trabalhados aspectos da história da xilo, manuseio das ferramentas e processo criativo. Voltada para o público em geral, a partir dos 14 anos de idade, com inscrições por formulário disponibilizado na bilheteria do Cais.



“Toda história de vida importa e todas as histórias são verdadeiros patrimônios da humanidade, já que são únicas e insubstituíveis. Da mesma forma, a literatura de cordel é reconhecida patrimônio imaterial. A ideia de juntar as duas coisas é mostrar não só que a história de cada um de nós poderia ser retratada numa obra literária - é mágica, por mais cotidiana que seja - como também encarar a ideia de que a literatura de cordel é tão valiosa como outras formas de literatura, e não uma literatura menor, assim como as histórias de vida não podem ser vistas como menos importantes que uma história oficial”, observa o diretor de museologia do Museu da Pessoa, Lucas Lara.



A escolha dos nomes em Pernambuco, diz ele, concilia linguagens distintas das artes para traduzir a diversidade e a importância do estado para o Brasil e criar laços com o público visitante. “As pessoas veem gente da localidade e, como boa parte está viva, podem conversar com elas, conhecer mais das suas trajetórias, e elas se sentem prestigiadas por ver a própria narrativa retratada em uma exposição. A memória coletiva pode ensinar, impactar e transformar”, acrescenta. 



“Vidas em cordel” apresenta as histórias em grandes painéis ilustrados pelas xilogravuras acompanhadas de minibiografias e textos sobre a arte do cordel. A exposição tem distribuição gratuita de cordéis, oferece QR Codes com propostas interativas, reserva espaço “instagramável” para postagem de fotos nas redes sociais e conta com cabine de gravação para registro das histórias dos visitantes - instantaneamente integradas ao acervo do Museu da Pessoa. Quem ceder a própria narrativa recebe cartela de adesivos automáticos e um cartaz exclusivo. A programação distribuída em quatro meses engloba atividades educativas e culturais, visitas-guiadas, aulas-espetáculo, apresentações musicais e ações destinadas a cativar o público junto às histórias e às linguagens artísticas envolvidas.



“A exposição traz um cordão de histórias, mostrando um Brasil diverso, caleidoscópico, com suas mazelas e injustiças, mas também com suas belezas e encantos. Um verdadeiro tributo à coragem e à resiliência dessas pessoas”, pontua o cordelista, pesquisador do folclore brasileiro e curador Marco Haurélio. A composição imagética produzida por Lucélia Borges e pelos artistas convidados se propõe a proporcionar uma apreensão dessas histórias através das gravuras baseadas em personagens, cenários e descrições formuladas pelos textos. 



A mostra já passou por Bahia, Minas Gerais, São Paulo, Espírito Santo e Rio de Janeiro e, agora, desembarca em Pernambuco. As obras expostas presencialmente também podem ser acessadas ao lado de conteúdos exclusivos pela internet - pelo endereço memo.museudapessoa.org/vidas-em-cordel. A página disponibiliza informações complementares sobre os personagens retratados e proporciona uma experiência de contemplação distinta.



Na internet é possível fazer o download gratuito do livreto “Vidas em Cordel para Educadores”, material educativo para subsidiar atividades pedagógicas de professores sobre as histórias de vida dos brasileiros e da literatura de cordel. O site também mantém uma conexão com as redes sociais para permitir a visualização de postagens de visitantes da exposição e contém uma playlist selecionada pelos curadores - além de informações sobre a itinerância da mostra pelo Brasil. Pernambuco também está contemplado com a narração de um podcast pelo escritor recifense Marcelino Freire e pelo poeta cearense Klévisson Viana de histórias cordelizadas pela exposição. “Vidas em Cordel” conta com patrocínio oficial da Petrobras.



A Programação Cultural do Museu da Pessoa é viabilizada pelo Programa Nacional de Apoio à Cultura, por meio do Ministério da Cultura, com patrocínio oficial da Petrobras e patrocínio do Mercado Livre e 3M. As ações ainda contam com apoio financeiro do BNDES e parceria do Museu Nacional dos Povos Indígenas, da Funai, e do Centro Cultural Cais do Sertão, equipamento do Governo de Pernambuco, gerido pela Secretaria de Turismo e Lazer, via Empetur.



Museu da Pessoa


O Museu da Pessoa (www.museudapessoa.org) é um instituto virtual e colaborativo fundado em São Paulo em 1991, com o objetivo de registrar, preservar e transformar histórias de vida de toda e qualquer pessoa em fonte de conhecimento, compreensão e conexão. O Museu da Pessoa conta com um acervo de mais de 18 mil depoimentos em áudio, vídeo e texto e cerca de 60 mil fotos e documentos digitalizados de brasileiros e brasileiras de todas as regiões, idades, classes e atividades. Desde seu início, sua plataforma virtual contabiliza mais de 2.500.000 acessos únicos.




Cais do Sertão


O Cais do Sertão é um museu dedicado a retratar a vida nos sertões nordestinos através de experiências imersivas proporcionadas por robustos e intrigantes recursos tecnológicos e interativos e atrativos com toque criativo de cineastas, escritores, artesãos, artistas plásticos, visuais e músicos de todo o país. Abriga uma exposição permanente sobre a cultura sertaneja e celebra a vida e a obra de Luiz Gonzaga, o Rei do Baião. Está localizado no Bairro do Recife, a poucos metros do Marco Zero, e é um equipamento cultural gerido pela Secretaria de Turismo e Lazer do Governo de Pernambuco. 




Petrobras


A Petrobras é uma das principais empresas do país. Atua de forma integrada e especializada na indústria de óleo, gás natural e energia, tendo como compromisso o desenvolvimento sustentável para uma transição energética justa e inclusiva. A cultura é também uma energia na qual a companhia investe, patrocinando há mais de 40 anos projetos que contribuem para a cultura brasileira e se fazem presentes em todos os estados brasileiros.




SERVIÇO


O que: “Vidas em Cordel”, do Museu da Pessoa


Quando: de 15 de agosto* a 15 de dezembro, com visitação das 10h às 16h (de terça a sexta) e das 11h às 17h (sábados e domingos)


*lançamento é às 14h do dia 15 e aberto ao público


Onde: Centro Cultural Cais do Sertão (Avenida Alfredo Lisboa, s/n, Recife Antigo) 


Quanto: acesso gratuito


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::::::::::::::: OS CORDELISTAS


 


Jorge Filó - Jorge Renato de Menezes, poeta conhecido artisticamente por Jorge Filó, nasceu em Recife em 1969, filho de Manoel Filomeno de Menezes e Maria do Socorro de Menezes, mas, quando bebeu água a primeira vez, já foi no Sertão do Pajeú. Viveu a infância entre as cidades de Tuparetama, São José do Egito, Arcoverde e Recife. Da adolescência à fase adulta, viveu na cidade de Arcoverde, onde deu início ao exercício da arte e da produção cultural, quando se mudou para o Recife em 1999, onde reside até hoje. 



É poeta, cordelista, declamador, palestrante e divulgador da arte dos poetas repentistas, meio em que viveu ativamente, desde a infância. Faz cordel sob encomenda, é coordenador, apresentador e oficineiro de mesas de glosas, cordel e é produtor cultural. Sua principal referência poética é seu pai, o Poeta Manoel Filó. Já participou de várias coletâneas de livros, filmes, séries, docs… sempre falando sobre poesia, repente, glosa e cordel. Tem três livros publicados e já fez centenas de cordéis sob encomenda.



 


 


Jonas Samaúma é contador de histórias, rezador, educador ambiental e escreve livros desde criança, tendo publicado 6 livros e diversos cordéis, dentre os quais: "Ganesha" e "Lula Livre - O Dia Em Que Chico César Libertou o Brasil". Aprendeu a arte de cordelizar na íntima convivência com seu pai José Santos e no período que morou com o mestre do cordel Manoel Inácio do Nascimento no Ciclovida, sertão do Ceará. Reside atualmente em Cachoeira-BA. É criador do Poetarot e Contarot de Histórias e um dos criadores do Programa Vidas Indígenas no Museu da Pessoa. Para conhecer o trabalho do autor siga o instagram @poeta.jonasamauma ou escreva para o email: jonas.samauma@museudapessoa.net


 


 


Marco Haurélio, escritor, professor e divulgador das tradições populares, tem mais de 50 títulos publicados, a maior parte voltada à literatura de cordel, gênero que conheceu na infância, passada na Ponta da Serra, sertão baiano, onde nasceu. Dedica-se também à recolha, classificação e salvaguarda de contos, lendas, romances, além de práticas ligadas à religiosidade popular. Vários de seus livros receberam importantes distinções, como os selos Altamente Recomendável (FNLIJ) e Seleção Cátedra-Unesco (Puc-Rio). Lançou, entre outros, os livros Contos folclóricos brasileiros, A lenda do Saci-Pererê em cordel e Contos e fábulas do Brasil. Mestre em Teoria e História Literária pela UNICAMP, estuda as relações do cordel com os contos de tradição oral.


Instagram: instagram.com/marco_haurelio/


 


 


Susana Morais de França Medeiros nasceu no Recife em 1980. Filha de Dona Emília e Seu Luís, tornou-se cordelista em 2005. Possui mais de 80 títulos publicados. Além de pelejas (todas virtuais), dedica-se à escrita de cordéis infantis e de gêneros. É instrutora de oficinas de cordel e palestrante para o público adulto e infantil. Fundadora da União dos Cordelistas de Pernambuco (UNICORDEL), atuou como articuladora e promotora de eventos e recitais poéticos. Integrou o Grupo Poético Vozes Femininas, que atuou fortemente no Estado de Pernambuco de 2005 a 2009. E também do grupo poético BemDita composto também pelas poetas Cida Pedrosa, Mariane Bigio e Rita Marize. Integrou, ainda, o projeto Banda Cordelândia de música e poesia infantil. Membro fundadora da Associação pelo Cordel em Pernambuco (ACORDEL-PE), criada em 2020. É também contadora de histórias, formando, ao lado de seu parceiro, Diego Gibran, uma conhecida dupla que prioriza as sessões narrativas por meio das formas fixas da literatura de cordel.


 


Isabelly Moreira é natural de São José do Egito (PE), berço de grandes poetas populares do Nordeste. Poetisa e ativista cultural há mais de dez anos, é autora do livro Canta Dores e de diversos títulos de cordéis, incluindo títulos voltados para a literatura infantil. A artista também desenvolve trabalhos de consultoria e assessoria de políticas culturais.


Enquanto produtora cultural, integrou diversos projetos no calendário artístico da região, ganhando destaque como uma das poetisas contemporâneas mais relevantes de Pernambuco.


 


  


:::::::::::::: XILOGRAVURISTAS


 


Edna - Maria Edna da Silva é artista visual e artesã natural de Gravatá (PE), radicada em Bezerros desde a infância. Filha de artesãos, iniciou cedo na arte, influenciada pelo pai. Conheceu a xilogravura em 2007, através do esposo, filho do artista pernambucano J.Borges e, em 2010, passou a integrar o ateliê do artista, trabalhou diretamente com seu sogro durante 14 anos, período que conheceu a técnica da xilogravura de perto e se encantou pela arte, desenvolvendo sua própria linguagem artística. Desde 2022, dedica-se integralmente à arte. Participou de eventos como Fenearte, EXPOMinas e Festival Meu País Pernambuco, entre outros. Suas obras estão em circulação nacional e ela também atua como ilustradora. Seu trabalho valoriza as raízes culturais do Nordeste, unindo tradição, inovação e sensibilidade.


 


 



Catarina Dantas - Xilogravadora e oficineira, iniciou seus estudos em gravura em 2016, aprofundando-se no período da pandemia em 2020. Realiza muito dos seus papeis artesanalmente, e seus interesses estão na abordagem do feminino, mulheres de seu entorno e círculo de amizades, especialmente retratando mulheres negras, indígenas e a religiosidade afro-brasileira. A goiva grava delicadeza e resistência inspirada por mulheres míticas e reais. Vive e trabalha na cidade de Caraguatatuba, São Paulo.



 


Lucélia Borges é xilogravadora, contadora de histórias, terapeuta holística e pesquisadora da cultura popular brasileira. Mestre em Estudos Culturais pela USP, pesquisadora de cultura popular, ilustrou vários folhetos de cordel e livros como A Jornada Heroica de Maria e Contos Encantados do Brasil, de Marco Haurélio, ambos premiados com o selo Cátedra-Unesco (PUC-Rio) e com o selo Altamente Recomendável, da Fundação Nacional do Livro Infantil e Juvenil. Escreve textos sobre cordel e xilogravura no blogue Xilo-Mulher (xilo-mulher.blogspot.com).


 


Jô Oliveira, mestre dos quadrinhos, das artes plásticas e da literatura infantojuvenil, é pernambucano da Ilha de Itamaracá. De família paraibana, passou a infância em Campina Grande, de onde migrou, aos 11 anos, para o Mato Grosso do Sul e, no início de sua vida acadêmica, para o Rio de Janeiro, onde cursou a Escola de Belas Artes da UFRJ. Em 1969 mudou-se para Budapeste, capital da Hungria, onde ingressou na Escola Superior de Artes Industriais. O seu trabalho de conclusão de curso, uma versão do bumba meu boi, lançado em 1974, foi reeditado 40 anos depois, com texto de Marco Haurélio, e batizado como Mateus, Esse Boi é Seu. Teve livros lançados na França, Alemanha, Grécia, Dinamarca e Suécia. Participou de exposições artísticas em vários países, e, por duas vezes, recebeu o prêmio pelo melhor selo do mundo na cidade de Asiago, Itália, e recebeu quatro vezes a medalha Olho de Boi pela criação do melhor selo brasileiro. Recebeu, ainda, o Prêmio Tucuxi de Ilustração, o Troféu Carlos Estevão de Humor e o Troféu de Grande Mestre dos Quadrinhos.


 


Valdeck de Garanhuns, como o próprio nome indica, é pernambucano de Garanhuns, artista popular, mestre em vários ofícios, do cordel à xilogravura, artesão, contador e cantador de histórias, criador de mundos em palavras e entalhes, em minúcias e detalhes. Mestre do teatro de mamulengos, reconhecidamente um dos maiores do país, criador de tipos memoráveis, ator, humorista, coletor de lendas e mitos, compositor e poeta, reúne o que há de melhor no Brasil brincante. Presença marcante em incontáveis eventos, incluindo mostras de cultura e bienais literárias, sempre com excelente acolhida do público, em especial quando dá vida e voz aos personagens do teatro de bonecos de Pernambuco. Recentemente foi condecorado como Cavaleiro na Ordem do Mérito Cultural, honraria concedida pelo Ministério da Cultura a personalidades que contribuem para a valorização e difusão da cultura brasileira.




:::::::::::::: PERSONAGENS



Paulo Freire



Paulo Freire (1921-1997), um dos maiores educadores brasileiros, é mundialmente conhecido, especialmente por sua obra Pedagogia do Oprimido e pelo revolucionário método de alfabetização que leva o seu nome. É um dos teóricos da educação mais respeitados no mundo inteiro. Manifestou-se contra o que chamou de educação “bancária”, argumentando que cada aluno trazia conhecimentos e experiências, lançando, assim, as bases para uma educação libertadora. 




Aninha Ferraz


Ana Cely Ferraz, ou Aninha Ferraz, pernambucana de Floresta, é um dos nomes mais importantes da editoração popular de literatura de cordel no Brasil. Lançou mais de mil folhetos, além de livros adultos e infanto-juvenis. Por meio da Editora Coqueiro, sediada no Recife, fundada pelo jornalista Ivan Maurício, Aninha revelou grandes nomes do cordel e divulgou obras dos consagrados poetas José Costa Leite e Chico Pedrosa, entre outros. 




Ana Lucia do Coco


Ana Lúcia Nunes da Silva nasceu em 29 de março de 1944, em Olinda (PE). Discípula de Dona Jovelina (Dona Jovem), sua parteira, e de seu pai, Mestre Severino, nas rodas de Coco da cidade. Enfrentando o machismo, além de assumir o Coco do Amaro Branco, fundou o grupo Raízes do Coco. Tomou parte em muitos eventos culturas, divulgando, além do Coco, o Pastoril e o Mamulengo. Por sua contribuição à cultura, foi reconhecida como Patrimônio Vivo de Pernambuco. 



Di Melo


Roberto de Melo Santos (1949), conhecido artisticamente como Di Melo, poeta, cantor, compositor, músico e escultor, nasceu em Recife (PE). Artista com múltiplas influências, que vão do samba ao soul, do funk ao rock, alcançou o sucesso nas vozes de intérpretes como Wando. Poeta, pintor e escultor, Di Melo, que já se apresentou em muitos países, tem uma longa colaboração com o lendário cantor paraibano Geraldo Vandré.

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