Na quinta edição consecutiva, o projeto "Fazendo a Diferença" trouxe técnicas ecológicas de saneamento, tratamento e reuso da água para comunidades rurais de Arinos. A iniciativa incluiu um mapeamento das necessidades de melhorias ecológicas de baixo custo e com grande potencial de disseminação do conhecimento. Com base nesse levantamento, foram desenvolvidas oficinas práticas e teóricas para atender às demandas específicas da população local.
O coordenador do projeto, Rafael Ferreira, destaca que o programa é permeado por desafios, desde a mobilização até a adesão da comunidade, que exige comprometimento, inclusive nos fins de semana. “É sempre desafiador, independentemente da localização no Brasil”, observa. Embora a proposta inicial preveja a participação de duas comunidades, nesta edição, uma terceira também foi incluída devido ao interesse demonstrado. “Decidimos incorporar essa comunidade, o que aumentou também o desafio da distância, pois lidamos com um território de grandes dimensões”, acrescenta.
Participação nas oficinas
Rafael ressalta que um dos impactos imediatos das oficinas foi a conscientização sobre a ocupação na zona rural, por meio da técnica de leitura da paisagem. “Com isso, muitos entenderam de imediato a importância de se fazer essa observação, onde corre vento, chuva, declividade, considerando todos esses elementos para montar o seu sistema no campo e como conectar cada um deles”, explica.
A questão do uso da água foi um tema central nos diálogos, especialmente sobre o que fazer após seu uso e as diferentes destinações, como valas, fossas abertas e fossas caipiras, que podem contaminar o lençol freático. “Abordamos esses tópicos para destacar a importância da água, incluindo seu tratamento. Na prática, montamos sistemas de bacias de evapotranspiração, que permitem o tratamento, armazenamento e reuso da água. Assim, os participantes perceberam o quão valioso é esse recurso”, comenta.
Uma das novidades em relação ao projeto de 2023, realizado na Paraíba, foi a implementação de uma oficina de audiovisual, visando à produção de um documentário. Rafael destaca que duas comunidades participaram da iniciativa, envolvendo grupos de crianças e explorando o uso da tecnologia. “Partimos do ponto do uso de celulares, ensinando conceitos técnicos como enquadramento, planos, foco e a elaboração de um roteiro básico”, explica, ressaltando que o audiovisual é um importante recurso para a comunicação do que acontece na comunidade, sendo, inclusive, um meio de registro de ações ilícitas em vista de denúncias e ações.
Transformação da comunidade
Na edição de 2023, realizada em Nova Palmeira, Paraíba, o projeto envolveu duas comunidades, mas seu impacto se espalhou para os moradores da região. O objetivo inicial era instalar dois sistemas de tratamento de água residual, mas a comunidade conseguiu construir oito. Segundo Rafael, esse sucesso se deve ao engajamento dos moradores, que já conheciam técnicas básicas e rapidamente aprenderam a instalar fossas ecológicas e sistemas de tratamento para reuso na irrigação de hortaliças e árvores frutíferas.
Ele destaca que, a cada edição do projeto, um dos principais ganhos para todos os envolvidos é a compreensão da importância da água, promovendo, ainda, uma nova forma de se relacionar com os elementos presentes na propriedade rural. “Quando bem direcionados, os recursos produzidos na propriedade deixam de ser problemas e se transformam em soluções, agregando valor e abundância. Isso acontece quando se adota um planejamento permacultural, levando à percepção de que a vida no campo pode ser extremamente rica”, conclui.
Reconhecimento
O projeto Fazendo a Diferença foi selecionado para competir na CTG Internacional, da China, como o melhor projeto patrocinado pelo grupo na premiação realizada pela na premiação da CTG Global.
Desde a sua criação em 2019, o projeto Fazendo a Diferença beneficiou 10 municípios em quatro estados. Em São Paulo, as cidades contempladas pelo programa foram Chavantes, Ilha Solteira, Mirante do Paranapanema, Rosana e a capital São Paulo. No Paraná, o programa aconteceu em Carlópolis, Itaguajé e Ribeirão Claro, na Paraíba, em Nova Palmeira e este ano em Minas Gerais, Arinos.
Sobre a Fundação Energia e Saneamento
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