segunda-feira, 25 de março de 2024

Como escolher os melhores pratos para a Semana Santa



Com a chegada da Semana Santa, é comum que muitas famílias brasileiras sigam a tradição cristã de não consumir carne vermelha, principalmente na Sexta-Feira da Paixão (a sexta-feira que antecede o Domingo de Páscoa), que é o dia em que se relembra a morte de Jesus Cristo.
Por isso, o peixe passa a ser a fonte de proteína favorita para essa época do ano, principalmente o bacalhau, mas há outras opções como a corvina, surubim e tilápia. Além dos pratos com pescados, outras receitas tomam conta da mesa de almoço de muitas pessoas durante esse período, como quibebe (purê de jerimum), bredo, arroz de coco e feijão de coco.


A troca da carne vermelha ou de frango pela proteína dos pescados pode ser benéfica para a saúde, considerando as diferenças nutricionais entre os dois tipos. As carnes vermelhas e de aves, apesar de serem ricas em proteínas de alto valor biológico (que são bem absorvidas pelo corpo) e outros micronutrientes, como ferro, zinco e vitaminas do complexo B, também costumam ter grandes quantidades de gorduras saturadas. Já peixes, crustáceos e moluscos têm menos gorduras saturadas, mas continuam sendo boas fontes de vitaminas, sais minerais e proteínas. Além disso, alguns frutos do mar também são ricos em gorduras insaturadas, que são mais saudáveis do que as saturadas. Hortência Andrade, professora de Nutrição do Centro Universitário Tiradentes (Unit-PE) destaca, dentre as gorduras boas, o ômega 3, que está presente em peixes de águas profundas, como salmão, atum e sardinha.


A menor quantidade de gorduras saturadas nos peixes é muito bem-vinda durante a Semana Santa, já que o leite de coco, outro ingrediente muito usado nessa época do ano, é rico nesses nutrientes. No entanto, Hortência pontua que as gorduras do coco, em especial o ácido láurico, são muito benéficas à saúde, sem contar outros benefícios do fruto. “Ele tem muitos nutrientes, como vitamina C, cálcio e magnésio”, acrescenta a nutricionista. Ela alerta, por outro lado, sobre o uso do leite de coco industrializado. De acordo com a especialista, o ideal é utilizar o coco ralado natural para produzir o leite de coco em casa. Hortência ainda afirma que o uso excessivo do leite de coco, assim como de qualquer alimento, pode trazer prejuízos. Por isso, ela aconselha evitar “beliscar”. “Reúna no prato todas as comidas de sua preferência e realize sua refeição”, ressalta. A professora também pontua que o consumo excessivo de sal, gorduras e açúcar deve ser evitado por pacientes hipertensos ou diabéticos, por exemplo.


O mesmo vale para os chocolates, segundo a nutricionista. O cacau, matéria-prima desse doce tão comum na Páscoa, apresenta muitos benefícios, como a síntese de hormônios do prazer, de acordo com Hortência. “O problema é a composição do chocolate. Muitas pessoas não gostam do chocolate em si, e sim da gordura colocada”, afirma. Por esse motivo, a especialista recomenda evitar chocolates brancos ou ao leite, já que possuem maiores quantidades de gordura. As melhores composições de chocolate, conforme defende Hortência, são aquelas com, no mínimo, 50% de cacau. “Inclusive, eles podem estar no nosso dia a dia. Podemos consumir entre 20 e 40 gramas diariamente de um chocolate de boa composição, dependendo das suas necessidades calóricas”, complementa.

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