Para a psicóloga hospitalar da Hapvida NotreDame Intermédica, Beatriz Marcelle, na busca por proteger seus filhos, os pais devem estar atentos a cada sinal emitido. “Uma criança que passa a não querer mais ir para a escola ou sempre chega triste das aulas, não quer se alimentar e está se isolando mais precisa de um olhar mais cuidadoso dos responsáveis. Por outro lado, uma criança mais insubordinada, que apresenta comportamentos violentos em casa e demonstra certa distorção nas relações de poder também precisa de um olhar atento, a fim de evitar que ela se torne uma praticante de bullying”, aponta.
Já no caso do cyberbullying, quando a violência acontece em ambientes virtuais, o quadro pode ser ainda pior. “A influência da tecnologia no dia a dia dessas crianças e adolescentes acabou criando novas formas até da prática de violência, e, nesses casos, as consequências podem ser ainda mais desastrosas, uma vez que, na internet, o alcance do bullying é muito maior e pode tomar proporções gigantescas”, destaca a psicóloga.
Em ambos os casos, família e escola devem se unir a um profissional ou uma equipe de psicologia para formar uma rede de suporte emocional a crianças e adolescentes. “Tanto vítima quanto agressor precisam desse sustento triangular, até porque não é incomum que agressores já tenham sido vítimas de bullying e, em busca de uma aceitação social, adotem o mesmo comportamento nocivo”, conclui. Se os pais desconfiarem de qualquer atitude, a profissional recomenda que procurem a escola e psicólogos para buscar ajuda e orientação.
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