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De acordo com Tatiane Paula, Psicóloga Clínica, a prevenção do suicídio exige uma abordagem coletiva, abrangendo a conscientização sobre saúde mental, apoio emocional a familiares e amigos, busca por ajuda profissional, criação de espaços seguros para discussões e restrição ao acesso a meios letais. “Essas medidas incluem oferecer suporte a quem enfrenta dificuldades, educar sobre sinais de alerta e fatores de risco, e encorajar diálogos abertos para combater o estigma. Além disso, é fundamental capacitar profissionais de saúde e influenciadores comunitários para identificar sinais e intervir quando necessário. Fortalecer laços sociais e assegurar acompanhamento pós-tratamento também são essenciais para garantir a segurança e o bem-estar contínuos”, relata.
O Setembro Amarelo é um movimento de conscientização sobre a prevenção do suicídio e o objetivo principal da campanha é alertar a sociedade sobre a importância de discutir abertamente a saúde mental, diminuir o estigma associado aos transtornos mentais e fornecer informações sobre como reconhecer os sinais de alerta, destaca a especialista. “A cor amarela, que simboliza esperança e valorização da vida, serve como lembrete para estar atento aos sinais de que alguém possa estar enfrentando pensamentos suicidas. O movimento não apenas promove conversas significativas, mas também incentiva a busca por ajuda profissional e a criação de ambientes de apoio, contribuindo para uma sociedade mais empática e solidária”, explica Tatiane.
Dentro do contexto da prevenção ao suicídio, é crucial reconhecer os sinais de alerta que podem indicar um risco iminente. Mudanças repentinas no comportamento, isolamento social, expressões de desesperança, aumento no consumo de álcool e drogas, perda de interesse nas responsabilidades e até mesmo aquisição de meios letais devem ser levados a sério, aponta a psicóloga. “É importante iniciar conversas empáticas, nunca deixar a pessoa sozinha em momentos críticos e incentivar a busca por ajuda profissional. Formar uma rede de apoio com amigos, familiares e profissionais de saúde é fundamental para oferecer assistência contínua e eficaz durante todo o processo de recuperação”, completa.
Desmistificar concepções equivocadas sobre suicídio é fundamental para promover uma compreensão do tema. “É muito importante enfrentar mitos com educação e sensibilização. Ao compartilhar informações corretas e incentivar o diálogo, é possível contrapor equívocos, como a crença de que falar sobre suicídio encoraja a ação. É essencial reconhecer que expressar pensamentos suicidas é um pedido de ajuda, e que sobreviver a tentativas é um indício de sofrimento profundo. A desmistificação contribui para remover o estigma, tornando mais acessível o apoio emocional e profissional, crucial para prevenir o suicídio e promover a saúde mental”, conta Tatiane.
Existe uma gama de serviços que oferecem suporte emocional em diversas regiões. Entre eles, a especialista destaca as linhas de prevenção ao suicídio, que oferecem ouvidos atentos e orientação, como o CVV (Centro de Valorização da Vida) no Brasil e o National Suicide Prevention Lifeline nos Estados Unidos. Além disso, atendimentos psicológicos e psiquiátricos fornecem tratamentos personalizados, enquanto clínicas de saúde mental oferecem aconselhamento e terapia. Grupos de apoio proporcionam um espaço de conexão e compreensão mútua, enquanto programas de intervenção, como o QPR (Question, Persuade, Refer), treinam indivíduos a reconhecer e agir diante dos sinais de alerta. Em situações críticas, a importância de recorrer a serviços de emergência permanece fundamental. “Em um mundo onde cuidar da saúde mental se torna cada vez mais essencial, esses recursos oferecem um apoio vital para aqueles que enfrentam desafios emocionais e pensamentos suicidas”, alega a psicóloga.
Em um esforço conjunto para prevenir o suicídio e fornecer apoio essencial, abordar essa delicada questão em escolas e locais de trabalho requer estratégias sensíveis e eficazes. “A conscientização emerge como peça-chave, com programas educativos que capacitam indivíduos a identificar sinais de alerta e opções de suporte. Em ambientes escolares, isso se traduz em treinamentos para educadores, grupos de apoio para alunos e um ambiente acolhedor que promova a abertura emocional. Nos locais de trabalho, o foco se volta para programas de bem-estar, treinamento para líderes, políticas de saúde mental e campanhas de conscientização, tudo visando a criação de ambientes que valorizem a saúde mental e a prontidão para buscar ajuda”, completa Tatiane.
Fonte
Tatiane Paula - Psicóloga Clínica
@tatianepaula.psi
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