A hipotonia, caracterizada pela diminuição do tônus muscular, é frequentemente associada a disfunções neurológicas e afeta a qualidade de vida de crianças com TEA. Estudos indicam que cerca de 30 a 50% das crianças diagnosticadas com autismo apresentam algum grau de hipotonia, tornando o Dia Mundial da Fisioterapia uma oportunidade para destacar a importância do papel dos fisioterapeutas nesse contexto.
De acordo com a fisioterapeuta da Clínica Ninho, Iza Fernandes, a hipotonia tem sido um tema de crescente interesse no contexto do TEA e apresenta consequências desde a contração muscular, até a autonomia da criança.
“As consequências da hipotonia incluem dificuldade para a criança de sustentar corpo e membros contra a gravidade a manifestação do baixo tônus muscular com diminuição da força, que também leva à flacidez e atraso no desenvolvimento neuropsicomotor, fadiga, baixa resistência muscular e alterações posturais, prejudicando o desenvolvimento e a autonomia das crianças com TEA. A fisioterapia desempenha um papel fundamental no tratamento dessas condições, auxiliando no fortalecimento muscular, controle postural e no aprimoramento das habilidades motoras”, afirma Iza.
Ainda de acordo com a profissional, o diagnóstico precoce da hipotonia e a intervenção fisioterapêutica podem ser cruciais para melhorar a qualidade de vida das crianças com TEA. "A hipotonia está associada a outras anormalidades no TEA e pode ser um marcador precoce de maior gravidade nas manifestações do autismo e menor qualidade de vida em crianças pequenas com TEA", enfatiza.
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