Esta fase é desafiadora para os educadores, pois implica respeitar e acompanhar o ritmo de desenvolvimento da criança e continuamente estimular com diversos recursos e possibilidades esse desenvolvimento. No entanto, aprender a ler não é um processo mecânico, já que envolve outras realidades que estão intimamente associadas, como o desenvolvimento psicomotor e socioemocional.
“Gosto muito de relembrar o legado de Emilia Ferreiro, uma das principais autoridades da América Latina quando o assunto é alfabetização, que enfatizava que ler não é só decifrar, bem como escrever não é só copiar,” analisa Luis Miranda, Coordenador de Segmento - Educação Infantil e Ensino Fundamental Anos Iniciais do ISO Colégio e Curs
Durante os anos de alfabetização, pequenas tarefas que estimulem o desenvolvimento da área motora e cognitiva são essenciais para este processo, além de incentivar a autonomia e autoria da criança. Por isso, atividades como massinha de modelar, pintura com as mãos, recorte de papeis, contação de histórias e musicalização são fundamentais neste período.
No ISO Colégio e Cursos, esse processo começa no Infantil 2, quando a criança tem os primeiros contatos com letras, números e formas geométricas. A consolidação da escrita acontece no Infantil 5, quando a criança aprende a escrever.
Família pode estimular a alfabetização
A família também exerce um papel fundamental nesta fase de formação tão essencial da criança. “É decisivo compreender que a criança vive rodeada de estímulos, não apenas na escola, mas em toda sua rotina cotidiana. E se a alfabetização é um processo, ela não dispensa os diversos ‘aprendizados’ que a criança tem ao longo da sua rotina diária,” detalha Luís Miranda.
Segundo o coordenador do ISO, é importante que a família permita que a criança comece a manusear livros desde cedo e que eles estejam presentes no dia-a-dia . “Inicialmente ela não saberá decodificar o texto, mas começará a desenvolver a habilidade essencial de ‘ler as imagens, as ilustrações’ e poderá desenvolver sua imaginação, seu vocabulário,” detalha.
Os pais também podem estimular a curiosidade da criança, através de atividades como a leitura de embalagens de alimentos, falar em voz alta os nomes das frutas e ensinar sobre as cores. A música também é um estímulo importante, pois ativa todos os sentidos e também a corporeidade.
O ato de contar histórias, que atravessa gerações, continua sendo uma das maneiras mais eficientes para estimular o desenvolvimento das crianças. “Ao contar histórias, a comunicação e a expressão são fortalecidas, isso influenciará positivamente no processo de alfabetização comum mas também na ‘alfabetização interior’, isto é, a descoberta das emoções e a capacidade de reconhecê-las e nomeá-las corretamente. Desta forma, eles serão crianças estimuladas para seu pleno desenvolvimento e, no futuro, adultos mais maduros e com uma ótima saúde mental e emocional,” conclui.
Fases da Alfabetização:
Infantil 2: Introdução a leitura dos signos, sinais e símbolos representativos da nossa realidade (letras, números, formas geométricas)
Infantil 3: Reconhecimento das letras do alfabeto e dos números.
Infantil 4: Escrita das letras de forma e ampliação dos números
Infantil 5: Consolidação da escrita de forma e apresentação da letra cursiva.
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