Em meio a tantos desafios, a profissão vem se transformando com as evoluções tecnológicas e com o surgimento de novas demandas do mercado de trabalho.
A retomada do setor da construção nos últimos dois anos aqueceu o mercado de trabalho. Segundo dados do Caged (Cadastro Geral dos Empregados e Desempregados), divulgados pelo Ministério da Economia, nos primeiros dez meses do ano de 2020, o setor da construção civil foi responsável pela criação de 138.409 novos postos de trabalho, liderando a geração de vagas formais no país. O setor da construção civil também é responsável por cerca de 6% do PIB nacional.
O profissional de engenharia é capacitado para projetar, gerenciar, supervisionar e executar obras e construções, podendo atuar em construções urbanas, gerência de recursos prediais, estrutura e fundações, transporte e obras de saneamento.
Diretor de Obras da construtora Alliance, maior empresa do setor da Paraíba, o engenheiro Manoel Sena explica que o profissional de engenharia precisa estar em constante evolução e aprendizado.
“Além do conhecimento técnico e da gestão de pessoas no dia a dia nos canteiros de obras, hoje os engenheiros têm que estar abertos a novos conhecimentos, como a engenharia sustentável, preocupada com o uso racional de recursos, a automatização de processos e o uso de ferramentas de gestão”, explica.
Para isso, completa Sena, é fundamental a constante qualificação profissional, principalmente cursos e treinamentos relacionados às áreas de gestão de projetos, processos e negócios.
Jovens mulheres, um novo perfil nos canteiros de obras
Segundo o Censo da Educação Superior do Inep de 2019, divulgado em outubro de 2020, cerca de 37% dos formandos em cursos de graduação da área de Engenharia, Produção e Construção são do sexo feminino. Apesar de ainda serem minoria, este percentual vem crescendo ano a ano.
Dara Vasconcelos, gestora de obras da Alliance, faz parte desta mudança no perfil dos profissionais de Engenharia Civil. “Eu sempre gostei deste universo da engenharia, entender como era construir e ver um empreendimento pronto”, relembra ela.
Segundo Dara, mais do que o conhecimento técnico na área, na prática é muito importante saber lidar e gerir pessoas. “É preciso entender o funcionário, saber as suas necessidades, identificar os pontos para atingirmos as nossas metas”, reforça a engenheira, que começou na construtora como estagiária.
“Eu oriento sempre os jovens profissionais a buscarem cursos de especialização em gestão, para ter um conhecimento mais amplo daquilo que foi ensinado na universidade”, complementa Elisângela Rodrigues, também gestora de obras da construtora
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