O Brasil é um dos países que mais gera resíduos sólidos e despeja na natureza materiais, substâncias e objetos descartados. No entanto, resíduo sólido reutilizado e reciclado é um bem econômico de grande valor social que gera renda, trabalho e promove cidadania. As conclusões acima são do último estudo/relatório da Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais (Abrelpe) e foram o tema principal, na tarde desta quarta-feira (14), da reunião remota do Conselho Empresarial da Unidade Regional do Sertão do São Francisco da Federação das Indústrias do Estado de Pernambuco (URSF/FIEPE).
No encontro, o CEO da Sanvale Soluções Ambientais, Rogério
Ribeiro, começou a apresentação fazendo um histórico da geração de resíduos no
país, onde de 2010 a 2019 foi registrado um incremento de 67 milhões para 79
milhões de toneladas por ano. Lembrando que o problema, responsável por danos e
riscos à saúde pública e ao meio ambiente, está presente em todas as regiões
brasileiras, ele exemplificou que somente no Nordeste existem ainda 1.309 lixões,
uma destinação final ambientalmente inadequada.
Depois de enumerar algumas soluções economicamente viáveis,
de acordo com a legislação e as tecnologias atualmente disponíveis e previstas
na Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS), o especialista falou também
sobre os maiores gargalos (logística reversa e reciclagem) e alertou que ainda
temos muito que avançar em coleta seletiva.
“Precisamos de grandes investimentos, um maior planejamento
do setor, por meio de políticas públicas e privadas, para se atingir a
universalização da destinação ambientalmente adequada ao que hoje é despejado a
céu aberto, lançado na rede de esgotos ou simplesmente queimado em nossas
cidades. E isso só será possível se tivermos e colocarmos em prática a educação
ambiental”, concluiu.
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