A trombose venosa profunda (TVP) é uma condição caracterizada pela formação de coágulos nas veias profundas, geralmente nas pernas. Em viagens aéreas prolongadas, o risco de TVP pode aumentar devido ao longo período de imobilidade e à restrição de circulação sanguínea. De acordo com a Sociedade Brasileira de Angiologia e Cirurgia Vascular (SBACV), viagens aéreas longas podem elevar o risco de trombose em até quatro vezes, especialmente para pessoas com fatores de risco adicionais, como histórico familiar ou doenças crônicas.
A Dra. Aline Helena, especialista em cirurgia vascular, enfatiza a necessidade de adotar medidas preventivas antes e durante o voo, particularmente para pessoas com predisposição à trombose. “A falta de movimento e a pressão reduzida na cabine contribuem para a formação de coágulos. Pequenas ações preventivas podem ter um impacto significativo na redução desse risco”, afirma a médica.
Para diminuir os riscos de trombose, é essencial manter o corpo em movimento: levantar-se e caminhar pelo corredor a cada duas horas estimula a circulação nas pernas. Mesmo sentado, o passageiro pode realizar exercícios simples, como flexionar os tornozelos e movimentar os pés em círculos. A hidratação também é fundamental, pois a desidratação pode deixar o sangue mais viscoso, facilitando a formação de coágulos. Roupas confortáveis ajudam na circulação, evitando compressão nas pernas, e o uso de meias de compressão é indicado para pessoas com fatores de risco, já que pode prevenir o acúmulo de sangue nas pernas, conforme recomenda a Dra. Aline.
QUANDO PROCURAR AJUDA
A trombose pode ser silenciosa, mas após um voo longo, sinais como inchaço, dor e sensação de calor nas pernas devem ser observados. “Se surgirem estes sintomas, é importante procurar atendimento médico rapidamente para descartar a trombose”, alerta a Dra. Aline Helena.
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