quinta-feira, 19 de setembro de 2024

Duas Mulheres, Duas Histórias: Leticia Barroso e Ana Laura Lacerda Reinventam-se Através da Arte



Após a tempestade da pandemia, as cariocas Leticia Barroso e Ana Laura Lacerda decidiram abraçar a arte como um novo propósito de vida. Essa reviravolta não só as libertou, mas também transformou suas experiências pessoais em poderosas narrativas criativas.

Leticia Barroso

Leticia Barroso, aos 69 anos e natural de Volta Redonda, sempre transitou pela Arquitetura, mas foi somente após a COVID-19 que a escrita se revelou como seu verdadeiro chamado. “A literatura se tornou uma válvula de escape para a dor que sentia”, revela Leticia, que encontrou em sua obra de estreia, *Passagem de Ida*, uma jornada de autodescoberta e cura. O livro é uma coleção poética de memórias que reflete sobre a pandemia e as complexas questões sociais que afetam as mulheres, como a invisibilidade do trabalho doméstico. Segundo seu filho, Bruno Barroso, “é uma obra que nos convida a uma jornada de autoconhecimento”.

A trajetória de Leticia, uma mulher divorciada e mãe solo de dois filhos adultos, ressoa com muitas leitoras que enfrentam os desafios da maternidade e da carreira. Seu próximo projeto já está em desenvolvimento e abordará questões de gênero e os silêncios que permeiam a vida feminina.

 



Ana Laura Lacerda

Por outro lado, Ana Laura Lacerda, de 62 anos e natural de Salvador, é conhecida como “a artista da Amazônia Azul” por sua singular habilidade em trabalhar com conchas da Baía de Todos os Santos. Embora tenha começado sua carreira na Arquitetura, sua paixão pela arte sempre prevaleceu. “Cada concha possui uma beleza única, e meu trabalho é um reflexo da infinita criatividade do Criador”, explica.


Após uma pausa devido à maternidade, Ana Laura ressurgiu artisticamente em 2020, e suas obras agora embelezam até grandes hotéis na capital baiana. No seu ateliê no charmoso Santo Antônio Além do Carmo, a artista está preparando uma mostra itinerante, que promete levar sua mensagem de esperança e renovação por várias capitais. “Para mim, a arte é refúgio. Cada quadro que inicio renova minha esperança de vida”, diz Ana Laura.


Ambas, Leticia e Ana Laura, provam que nunca é tarde para redescobrir a própria voz e que a arte pode ser um caminho poderoso de transformação pessoal e social. As histórias delas são um lembrete inspirador de que a criatividade pode florescer mesmo nas circunstâncias mais desafiadoras.

Nenhum comentário:

Postar um comentário