A expectativa é passar de cinco a 10 anos na estrada. A ideia veio da necessidade de explorar outras cidades e ´sair da bolha´. O casal pretende contribuir com projetos de acessibilidade por cada canto em que passarem. “Assim como no Capital Moto Week, todos os lugares deveriam ter acessibilidade. Estamos aqui para mostrar que seja qual for a necessidade, a pessoa com deficiência pode desbravar o mundo. Seja a pé, sob duas, três ou quatro rodas”, declara John Ferraz.
Para encarar a aventura, o casal conta que vendeu a casa e todos os móveis para comprar e adaptar um veículo (SW4) para acomodá-los durante a viagem. Da geladeira ao vaso sanitário, os cadeirantes pensaram em todos os detalhes para executar o plano de rodar 50 mil quilômetros somente na ida do percurso. “A expectativa está bem alta. Seremos o primeiro casal de cadeirantes a viajar de carro pelo mundo. É adrenalina misturada com emoção”, revela Sthéfanie Louise.
Eles, que frequentam o Capital Moto Week há oito anos, já estão com as malas na SW4 e devidamente instalados na área de motorhome do festival. “A organização está de parabéns. Frequentamos o festival desde 2017 e, a cada edição, percebemos mais atenção e cuidado com os PCDs”, acrescenta o casal. Assim como Sthéfanie e Jon, outras 20 mil pessoas estão hospedadas na Cidade da Moto. Toda a jornada dos brasilienses poderá ser acompanhada pelo perfil @rodinhapelomundo.
Além das barreiras físicas
O Capital Moto Week também abre espaço para a neurodiversidade. De passagem pelo festival, Amanda Hadami, de 37 anos, descobriu o transtorno do espectro autista (TEA) aos 19. Casada, e mãe de dois filhos, Wilian Darvin (10) e Hernando Gmail (6), tem o mesmo diagnóstico. “Sempre venho ao Capital Moto Week e, aqui, diferente de outros festivais, não me deparo com filas enormes e profissionais sem capacitação. Por aqui, encontrei fila exclusiva para PCD, trabalhadores carinhosos e com uma atenção que jamais vi”, afirmou Amanda.
Amanda comenta as dificuldades do diagnóstico. Segundo ela, o maior desafio é ser um transtorno invisível para outras pessoas. “É fundamental que festivais como o CMW tenham profissionais capacitados para lidar com neurodivergências e divulguem isso”, finalizou Amanda. No Capital Moto Week, todas as pessoas com deficiência têm direito à entrada e estacionamento gratuitos. Para ter acesso ao credenciamento, o público PCD precisa apresentar documento comprobatório de identificação da deficiência ou laudo médico.
Ingressos CMW 2024 | www.bilheteriadigital.com/capitalmotoweek
Motociclistas sem garupa e pilotando não pagam | Motos com garupa entram grátis de segunda a sexta-feira até as 18h e, aos sábados e domingos, até às 15h | Crianças de até 12 anos não pagam, desde que acompanhadas de seu responsável | Menores de 16 anos somente acompanhados de um responsável legal | Ingresso solidário é concedido para quem levar lixo eletrônico ou 1kg de alimento não perecível | PCD tem acesso grátis e, se necessitar de acompanhante, este também tem gratuidade | Pessoas 60 anos ou mais têm direito à meia-entrada | Obrigatória apresentação de documento de comprovação válido de meia-entrada no momento do acesso.
SERVIÇO
Capital Moto Week 2024
Quando: 18 a 27/07/2024
Onde: Parque Granja do Torto | Brasília (DF)
Ingressos: www.bilheteriadigital.com/capitalmotoweek
Nenhum comentário:
Postar um comentário