Durante o período junino as comidas típicas são bastante comuns no cardápio das famílias nordestinas. Uma criança com a seletividade alimentar pode apresentar restrições com alimentos que não estão inclusos no dia a dia. De acordo com a nutricionista da Clínica Ninho, Rafaella Crespo, uma criança com TEA possui rigidez cognitiva e apresenta cardápio limitado tornando a oferta de novos alimentos desafiadora por não fazerem parte da rotina alimentar da criança, o que pode gerar certa tensão.
“Entre os alimentos típicos juninos mais aceitos pelas crianças com TEA, o milho é o que lidera a lista, seguido do bolo de milho e de fubá. Porém, os pais devem listar quais os alimentos são mais aceitos pelos filhos e observar suas características como por exemplo a consistência desse alimento, a partir desta triagem , elaborar receitas que deixem os alimentos recusados semelhantes aos que já são aceitos”, explica Rafaella.
Ainda de acordo com a nutricionista, algumas estratégias podem ser adotadas para introduzir novos alimentos durante o São João sem causar desconforto ou rejeição. Começar expondo o novo alimento em prato separado ao prato principal, criando uma estratégia de tolerância e aceitação do alimento em um mesmo ambiente e perto de alimentos já consumidos. Primeiro é tentar aproximar e aceitar o alimento no ambiente, sem rejeições e com aceitações visuais através do subconsciente. Comprar utensílios lúdicos, com imagem de personagens preferidos, utilizando cortadores para dar um novo formato, convidando a criança para o preparo de uma receita típica ou para montar a mesa temática juntos, também são estratégias valiosas.
Como envolver a criança no preparo dos alimentos típicos do São João
A nutricionista Rafaella Crespo explica que outra estratégia muito válida é envolver a criança com TEA no preparo dos alimentos típicos do São João.
“Preparar a receita junto com a criança é uma excelente estratégia para envolver a criança com TEA, pois além de conhecer os alimentos, aumentamos a chance dela explorar ainda mais, durante o preparo da receita, estimular a criança a cheirar, beijar, lamber o alimento, sem pressão, sempre de forma leve e divertida, sem nem perceber, ela estará provando o alimento”, finaliza.
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