“Se eu pudesse estimular um desafio, diria às mulheres: entrem para a política. O processo de invisibilidade da violência contra a mulher no cotidiano se dá porque não temos acesso ao microfone. Não somos nós que estamos nas casas legislativas, construindo as leis”, afirmou Isabella, nesta semana em discurso, a uma plateia formada por líderes e autoridades de todo o mundo, em Londres.
Isabella está na capital inglesa, a convite da organização não-governamental americana Freedom Fund, para participar de um evento sobre a construção da coragem coletiva para o fortalecimento de uma sociedade mais inclusiva e livre da escravidão moderna.
Em discurso, Isabella também disse que um dos grandes desafios não é só estimular a presença de mulheres nos espaços de poder, mas ajudá-las a se manter nestas posições. “Entrar na política, por exemplo, às vezes é possível, mas permanecer é duro e desafiador. Digo porque vivo isto há 15 anos. E escolho continuar por pensar que estou construindo um espaço em que outras mulheres enfrentem menos dificuldades que as que enfrentei”, comentou.
“Se só há uma cadeira, por que uma mulher não pode se sentar nela? Competência nós temos. Então, por mais mulheres na política, nos espaços de poder, ganhando supersalários, por mais mulheres CEO em grandes empresas, com a caneta e o microfone na mão”, concluiu Isabella, que retorna ao Recife nesta sexta-feira (03).
Além de defender a pauta de gênero nos espaços de poder públicos e privados, Isabella falou sobre as ações da Prefeitura do Recife no enfrentamento ao abuso e exploração de crianças e adolescentes. Em 2022, o executivo municipal e a Freedom Fund firmaram uma parceria com a assinatura de um protocolo de intenções para o combate da questão.
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