“O Ministério da Cultura, neste momento de recriação, tem políticas que fortalecem justamente todas as iniciativas culturais e artistas do Brasil. E o artesanato, por ser também cultura, está dentro dessas políticas de fortalecimento”, declarou a ministra.
Dados do Sistema de Informações Cadastrais do Artesanato Brasileiro (SICAB), do Governo Federal em parceria com as Coordenações Estaduais de Artesanato (CEA), vinculadas às Secretarias Estaduais das 27 unidades da federação, até abril de 2024, o Brasil registrou um número de 215,6 mil artesãos cadastrados. Destes, 18,3 mil são da Bahia. Porém, o setor ainda abarca muitos trabalhadores informais.
Segundo os últimos dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), de 2019, o setor movimenta cerca de R$ 50 bilhões por ano no país e é fonte de renda para aproximadamente 10 milhões de pessoas.
De acordo com a chefe da Cultura, o Governo Federal tem feito ações interministeriais com o MinC, buscando articular uma economia criativa de inclusão e desenvolvimento econômico.
“Tenho falado muito sobre o potencial econômico da cultura, pois acreditamos que, por meio da valorização de nossas ricas expressões e manifestações artístico-culturais, podemos possibilitar inclusão social e econômica. Essa diversidade que nós temos faz parte do DNA do nosso povo. Nesse momento estamos renovando e fortalecendo as políticas culturais e trazendo direcionamentos para todas as áreas artísticas e culturais do país”, afirmou.
Conforme Davidson Magalhães, secretário do Trabalho, Emprego, Renda e Esporte do governo da Bahia, o festival representa uma ação conjunta de apoio a economia popular.
“A economia popular representa, na Bahia, quase 40% das pessoas ocupadas e dentro dela estão os artesãos. As artesãs e artesãos precisam de apoio do Estado, pois é fundamental preservar as memórias da nossa cultura”, disse.
Cíntia Rezende, governadora da Bahia em exercício, destacou que o artesanato representa vertentes da resistência à resiliência, bem como o empoderamento daqueles que carregam um legado ancestral e familiar.
“O trabalho manual é repassado por gerações como verdadeira herança material capaz de permitir o sustento familiar e ao mesmo tempo a preservação de tradições culturais, memória e expressão artística”, discursou.
Além da Bahia, participam do 1º Festival Nacional de Artesanato: Alagoas, Amapá, Ceará, Espírito Santo, Maranhão, Piauí, Sergipe, São Paulo e Distrito Federal.
Ao todo, o evento abarca 235 estandes. Inspirado na expressão "Fé na Bahia", o Fenaba vai promover o intercâmbio entre mais de 200 artesãs e artesãos das 20 Rotas do Artesanato da Bahia, 20 mestras e mestres, seis associações de artesanato, representando a Federação de Associações de Artesãos do Estado da Bahia (FAAEB) e dez Federações Nacionais representando a Confederação Brasileira de Artesãos do Brasil (Conart).
Para presidente da Federação das Associações de artesãos da Bahia (FAAEB), Regina Lúcia Borges, a Fenaba “contribuirá para mostrar a diversidade da Bahia e do Brasil que tem uma riqueza de culturas, além de permitir a geração de trabalho emprego e renda para os artesãos baianos”.
Durante o evento, a ministra fez a entrega de Carteiras de Mestras Artesãs e Mestres Artesãos e do Título Honorário de Mestres do Governo do Estado da Bahia.
Acordo
Em parceria com Ministério do Empreendedorismo, da Microempresa e da Empresa de Pequeno Porte (MEMP), Margareth Menezes assinou no dia 7 de maio um protocolo de intenções para a internacionalização e comercialização do artesanato brasileiro.
O acordo foi firmado durante a 1ª Mostra do Artesanato Brasileiro – Além das Fronteiras, no Palácio do Itamaraty e tem o objetivo do protocolo é desenvolver e fortalecer o setor artesanal brasileiro, por meio de ações conjuntas das pastas.
Agenda
Ainda na manhã desta sexta-feira (17), a chefe da Cultura participou da reunião de trabalho com a equipe do projeto Pesquisa-Ação: Agentes Culturais Democráticos. O objetivo era conhecer o andamento da iniciativa e suas próximas etapas.
Logo após, Margareth Menezes seguiu para uma entrevista com o Jornal da Metrópole no Ar, da Rádio Metrópole. Lá falou sobre a potência da cultura brasileira, sobre a reconstrução do MinC e das políticas públicas culturais que estão reestruturando ações culturais no país inteiro, como a Política Nacional Aldir Blanc de fomento à Cultura, maior e mais estruturante para o setor; e a Política Nacional Cultura Viva (PNCV), que recebeu um investimento direto do Ministério da Cultura de R$ 67,5 milhões, destinado ao apoio de mais de 1.500 projetos em todo o Brasil para diferentes expressões culturais.
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