Com essa questão vem a sobrecarga emocional, pois muitas mulheres passam a se dedicar integralmente aos cuidados dos filhos: rotina de tratamentos, idas ao médico, cuidados com a casa, apoio com as tarefas, limitações e demandas da criança diariamente. Com o acúmulo de funções, essas mães deixam as suas profissões e suas próprias necessidades de lado.
De acordo com a Psicóloga da Clínica Ninho, Ana Paula Silva, a importância do apoio emocional para essas mães é algo indispensável, pois elas vivem constantemente esse estresse, e dependendo do nível do suporte que essa criança tenha, se torna muito mais desgastante. “Isso acaba impactando na saúde mental delas, na autoestima, porque elas começam a não ter tempo de se cuidar como gostariam. Então, tudo isso acarreta vários problemas, como ansiedade, com depressivos, inclusive. Então, é imprescindível que elas tenham um acompanhamento, esse apoio emocional, esse suporte para que elas possam se reerguer bem e de forma saudável”, explica.
Os principais desafios que essas mães encontram referentes ao cuidado e suporte é a negação da própria família muitas vezes. Porque uma criança TEA requer uma atenção redobrada.
“É fundamental que a família dêem apoio a essas mães, dando esse suporte de acolher, de não julgar, de estar ali junto, se dispondo a ficar um pouco com a criança, para que essa mãe possa tomar um banho tranquila, necessidades básicas. Possa ir a um salão, possa reestruturar a autoestima dela, ela possa fazer uma unha, possa fazer um passeio, sair pra tomar um café”, aponta a psicóloga.
Uma das estratégias que essas mães podem adotar é um acompanhamento psicológico, porque se elas cuidam da saúde mental, elas conseguem dar conta. Aproveitar-se no momento que o filho está na escola, para descansar e fazer uma atividade para elas. Então, iniciar cuidando da saúde mental, olhando para elas, já ajuda bastante nesse contexto.
“Os recursos disponíveis para que essas mães busquem apoio psicológico e emocional seria terapia individual. É o primeiro recurso que essa mãe precisa buscar, porque o impacto emocional é muito grande, que ela sofre. Posteriormente, quando ela se torna melhor dessa saúde mental, é buscar o cuidado com ela mesma, buscar a identidade dela. Porque, muitas vezes, essa mãe, por ser mãe atípica, ela se esquece dela. Então, buscar esse contexto de cuidado pessoal, de restabelecer autoestima, restabelecer os vínculos sociais”, enfatiza a psicóloga.
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